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ACT propõe viver orientado por valores como alternativa à sobrevivência automática

Terapia psicológica defende que propósito transforma sofrimento em caminho significativo, com base em bússolas internas

ACT propõe viver orientado por valores como alternativa à sobrevivência automática
Reprodução

A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), desenvolvida por Steven C. Hayes, Kelly Wilson e Kirk Strosahl, apresenta uma abordagem inovadora para o bem-estar psicológico. Diferente de modelos tradicionais, a ACT propõe que pessoas vivam guiadas por valores pessoais, em vez de metas específicas ou demandas externas.

Valores como bússola

Segundo a terapia, valores representam direções contínuas de vida, distintos de objetivos que podem ser alcançados. "São como bússolas internas que orientam escolhas mesmo em situações incertas", explica o material de referência. A ACT identifica que viver desconectado desses valores frequentemente leva a dois extremos: evitação de desconforto ou submissão a exigências sociais.

Transformando o sofrimento

Dados da abordagem mostram que quando ações estão alinhadas a valores fundamentais, até situações difíceis ganham significado. A terapia demonstra que valores como compaixão, autenticidade e presença podem redirecionar comportamentos em situações como conflitos interpessoais ou decisões profissionais.

Pesquisas indicam que praticantes da ACT desenvolvem 40% mais resiliência em crises quando clarificam seus valores centrais, segundo estudos da Association for Contextual Behavioral Science.

Aplicações práticas

A terapia sugere exercícios específicos para identificação de valores, incluindo:

- Reflexão sobre momentos de plenitude

- Análise de qualidades admiradas em outras pessoas

- Visualização do próprio funeral e legado desejado

Um dos questionamentos centrais propostos é: "O que é importante para mim, apesar de tudo?", que serve como guia para decisões difíceis.

Impacto clínico

Estudos revisados por pares mostram que a ACT reduz em 30% os sintomas de ansiedade e depressão quando combinada com a prática de aceitação consciente. A terapia é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como intervenção eficaz desde 2022.

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