A Casa Branca lançou sua conta oficial no TikTok na noite desta terça-feira (19), publicando vídeos que celebram conquistas e falas do presidente Donald Trump enquanto exaltam símbolos nacionais estadunidenses. O movimento ocorre apesar da ausência de um acordo com a ByteDance, controladora da plataforma, para resolver a questão de uma possível proibição legal nos Estados Unidos, cujo prazo atual é 17 de setembro.
O ex-presidente Joe Biden sancionou uma lei que forçaria a ByteDance a vender sua participação no TikTok ou enfrentar banimento, enquanto Donald Trump tenta cumprir sua promessa de negociar um acordo para manter o aplicativo operando legalmente no país. O banimento foi adiado três vezes desde janeiro, com o último atraso ocorrendo em junho.
Mudança de postura estratégica
Apesar de Trump ter tentado banir o TikTok em 2020, sua postura em relação à plataforma tornou-se mais branda durante a campanha de reeleição, após sua equipe perceber o grande número de apoiadores no aplicativo. Em 2024, a campanha de Trump lançou conta oficial e rapidamente dominou a plataforma, superando a conta agora inativa da ex-vice-presidente Kamala Harris.
Segundo o jornalista Kyle Tharp, a conta de Trump alcançou 2,8 bilhões de visualizações, comparado aos 2,2 bilhões da conta de Harris. Em janeiro, Trump postou no Truth Social: "Por que eu iria querer me livrar do TikTok?", compartilhando publicação sobre os bilhões de visualizações que sua conta continuava acumulando.
Cronologia dos adiamentos
O primeiro adiamento ocorreu em janeiro, quando Trump assumiu o cargo e assinou ordem executiva adiando a aplicação da proibição por 75 dias. Outro atraso aconteceu em abril, após potencial acordo falhar devido às tarifas de Trump contra a China. O último adiamento foi em junho, quando o estadunidense afirmou acreditar que o presidente chinês Xi Jinping estaria aberto a acordo se comprador surgisse.
Contexto legal e político
Embora a legalidade e motivos ocultos por trás do banimento do TikTok permaneçam questão séria, a administração Trump, por enquanto, parece encontrar utilidade em manter presença na plataforma. Apesar das incertezas legais, a conta oficial da Casa Branca já está ativa e publicando conteúdo alinhado com a campanha de reeleição.
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