Bolsa de Nova York e Ibovespa fecham em alta com alívio em tensões no Oriente Médio

Mercados reagem positivamente a sinais de negociações entre Irã e EUA sobre programa nuclear


As principais bolsas de valores dos Estados Unidos e o Ibovespa registraram altas significativas nesta segunda-feira (16), impulsionadas por notícias que sugerem possíveis avanços diplomáticos no conflito entre Irã e Israel. O Dow Jones subiu 0,75%, o S&P 500 avançou 0,94% e o Nasdaq fechou com ganhos de 1,52%.

Alívio geopolítico impulsiona mercados

O Wall Street Journal informou que o Irã estaria buscando retomar negociações sobre seu programa nuclear com a Casa Branca, o que amenizou temores de uma escalada no conflito com Israel. "O humor do mercado melhorou significativamente com a perspectiva de redução das tensões", analisou Daniel Teles, especialista da Valor Investimentos.

No Brasil, o Ibovespa fechou em alta de 1,49%, aos 139.255,91 pontos - maior patamar desde 27 de maio. O giro financeiro atingiu R$ 22,1 bilhões, com destaques para Magazine Luiza (+6,71%), CSN (+6,05%) e Embraer (+5,34%).

Setores mais beneficiados

As ações de companhias aéreas lideraram os ganhos em Nova York, com United Airlines (+6,11%), American Airlines (+5,11%) e Delta (+5,21%). O alívio nos preços do petróleo - com o WTI recuando 1,67% para US$ 71,77 o barril - contribuiu para o desempenho do setor.

Na tecnologia, a Advanced Micro Devices (AMD) disparou 8,11% após analistas do Piper Sandler elevarem o preço-alvo para US$ 140. A Meta também teve desempenho positivo (+2,90%) com a notícia sobre anúncios no WhatsApp.

Expectativas para o Copom

No Brasil, o mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (18). Pesquisa da XP Investimentos com 27 gestoras mostra divisão: metade projeta alta da Selic e metade aposta em estabilidade. O Projeções Broadcast revela cenário similar entre 48 instituições consultadas.

Enquanto isso, a U.S. Steel subiu 5,12% após aprovação de sua compra pela Nippon Steel, enquanto a Sarepta Therapeutics despencou 42,12% após suspender envios de medicamento devido a morte de paciente.