Em um episódio que parece roteiro de filme, um morador de Curitiba (PR) viveu um verdadeiro pesadelo digital. Após trocar seu celular antigo por um modelo mais novo em uma promoção relâmpago de uma operadora, ele acabou perdendo o acesso à carteira de criptomoedas onde armazenava cerca de R$ 3.086.000,00 em ativos digitais.
O problema? A carteira estava instalada em um aplicativo sem backup, protegido por uma senha que ele anotou em um bloco de notas... no próprio celular antigo.
Acreditando que havia feito o backup automático pelo Google Drive, o homem apenas zerou o aparelho e entregou na loja. Dias depois, ao tentar acessar seus fundos para transferir parte para uma corretora, percebeu que a carteira havia sumido. Ao procurar o backup, descobriu que a sincronização estava desativada há meses.
“É como perder uma mala cheia de dinheiro e só perceber quando já está no aeroporto do outro lado do mundo”, desabafa ele, que prefere não ser identificado.
Especialistas alertam para os riscos de armazenar senhas e chaves privadas apenas no próprio aparelho. “Sem backup ou acesso à seed phrase, não há como recuperar. As criptomoedas ficam presas para sempre”, explica Rafael S., analista de segurança digital.
O celular antigo já foi formatado e revendido. As chances de recuperação são praticamente nulas.