O Parlamento do Irã aprovou neste domingo (22) o fechamento do Estreito de Ormuz, principal rota de escoamento de petróleo do Golfo Pérsico. A decisão é uma resposta direta aos ataques aéreos norte-americanos contra instalações nucleares iranianas realizados no sábado (21).
O canal, considerado vital para o comércio global, é responsável pela passagem de 20% do petróleo e gás natural consumidos no mundo. A medida foi classificada como "grave violação" pelo ministro russo Sergey Lavrov e recebeu crítica imediata do governo dos EUA.
Reação internacional
O secretário de Estado norte-americano Marco Rubio pediu à China que intervenha junto ao governo iraniano. "Eles dependem fortemente do Estreito de Ormuz para seu petróleo", afirmou Rubio em entrevista à Fox News.
O chanceler iraniano Abbas Araghchi classificou os ataques dos EUA como "ultrapassagem de todas as linhas vermelhas", especialmente por atingirem instalações nucleares. "Este não é o momento para diálogo", declarou em Istambul, antes de viajar para Moscou.
Contexto estratégico
O Estreito de Ormuz conecta o Golfo Pérsico ao Oceano Índico, com apenas 39 km de largura em seu ponto mais estreito. Segundo analistas, seu fechamento pode elevar os preços do petróleo em até 30% nos próximos dias.
A Rússia anunciou apoio ao Irã, com Lavrov exigindo ação urgente do Conselho de Segurança da ONU. O ministro russo condenou os ataques como "ato irresponsável" que viola o direito internacional.
Especialistas alertam para risco de escalada no conflito, que já envolve potências regionais e globais. O Irã mantém parceria estratégica com a Rússia, enquanto os EUA contam com apoio de Israel nas operações militares.
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