O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou qualquer possibilidade de trégua temporária com o Irã e exigiu o "fim definitivo" do programa nuclear do país. As declarações foram feitas a bordo do Air Force One, durante seu retorno antecipado da cúpula do G7 no Canadá, em meio à escalada de tensões no Oriente Médio.
"Não disse que queria um cessar-fogo. Quero um fim definitivo, com o Irã desistindo inteiramente das armas nucleares", afirmou Trump a jornalistas. O presidente deixou claro que responderá com força caso tropas americanas sejam atacadas: "O Irã sabe que não deve tocar em nosso pessoal".
Contexto da crise
As declarações ocorrem após Israel anunciar a morte do chefe do Estado-Maior iraniano em ataques aéreos, enquanto mísseis iranianos atingiram áreas próximas a aeroportos israelenses. Trump justificou seu retorno antecipado à Casa Branca pela necessidade de monitorar pessoalmente a situação.
Diplomatas americanos revelam que o Irã busca apoio de países árabes para retomar negociações nucleares, condicionadas à suspensão dos ataques israelenses. A Casa Branca, porém, mantém sua posição de não intervenção direta, a menos que interesses americanos sejam ameaçados.
Possíveis mediadores
Trump mencionou a possibilidade de enviar representantes para dialogar com Teerã, citando nominalmente o enviado especial Steve Witkoff e o vice-presidente JD Vance. "Talvez. Depende do que acontecer quando eu voltar", declarou, mantendo a estratégia em aberto.
Analistas apontam que as declarações reforçam a política de "máxima pressão" contra o Irã, enquanto Israel continua suas operações militares. "Os israelenses não estão diminuindo o ritmo. Vocês verão mais nos próximos dois dias", adiantou o presidente americano.