Alimentação rica em nutrientes pode ajudar no combate à calvície, apontam estudos
Pesquisas científicas indicam que deficiências nutricionais estão entre os fatores que contribuem para a queda capilar.
A relação entre alimentação e saúde capilar tem ganhado destaque em estudos científicos, que apontam a nutrição como um fator importante no combate à calvície. Especialistas afirmam que a deficiência de vitaminas e minerais específicos pode acelerar o processo de queda de cabelo, enquanto uma dieta equilibrada pode fortalecer os fios e o couro cabeludo.
De acordo com dermatologistas e nutricionistas, a calvície, ou alopecia androgenética, tem causas multifatoriais, incluindo genética, hormônios e fatores ambientais. No entanto, a nutrição desempenha um papel crucial na saúde do folículo piloso, a estrutura da pele responsável pelo crescimento do cabelo.
Nutrientes essenciais para o cabelo
Entre os nutrientes mais importantes estão o ferro, cuja deficiência está diretamente ligada à queda capilar, especialmente em mulheres. O zinco é vital para a síntese de proteínas e divisão celular no folículo. As vitaminas do complexo B, como a biotina (B7) e a niacina (B3), são fundamentais para o metabolismo energético das células do cabelo.
“O cabelo é um tecido de renovação rápida e metabolicamente ativo. Qualquer desequilíbrio nutricional pode refletir na sua saúde”, explica a dermatologista especialista em tricologia, Dra. Ana Paula Fucci. “Uma dieta pobre em proteínas, por exemplo, pode levar a fios mais finos e quebradiços, pois o cabelo é composto majoritariamente por queratina, uma proteína.”
Alimentos que fortalecem os fios
Para garantir a ingestão adequada, especialistas recomendam incluir na dieta alimentos como carnes magras, ovos e leguminosas (fontes de proteína e ferro), castanhas e sementes (ricas em zinco e selênio), e folhas verde-escuras (que fornecem vitaminas A e C, importantes para a produção de sebo, o óleo natural que protege o fio).
Peixes como salmão e sardinha são fontes de ômega-3, que tem ação anti-inflamatória e pode beneficiar o couro cabeludo. Estudos indicam que a suplementação com ômega-3 e ômega-6 pode reduzir a queda de cabelo e aumentar sua densidade em alguns casos.
Limitações e abordagem integrada
É importante ressaltar que, enquanto a nutrição é um pilar de suporte, ela não reverte sozinha a calvície de causa genética avançada. “A alimentação é uma ferramenta de prevenção e de suporte a tratamentos médicos, como medicamentos tópicos ou procedimentos. Ela não substitui a avaliação de um especialista para diagnosticar a causa exata da queda”, alerta a Dra. Fucci.
O contexto histórico mostra uma evolução na compreensão da calvície. Por décadas, o foco esteve quase exclusivamente na genética e nos hormônios. Nas últimas duas décadas, no entanto, pesquisas têm consolidado o papel do estresse oxidativo e da inflamação no processo, abrindo espaço para intervenções nutricionais e de estilo de vida como parte do manejo.
Para quem percebe uma queda acentuada de cabelo, o caminho indicado é buscar um dermatologista ou tricologista para um diagnóstico preciso. Exames de sangue podem identificar deficiências nutricionais específicas. O tratamento, portanto, deve ser personalizado, combinando orientação dietética, suplementação quando necessário e terapias médicas adequadas a cada caso.
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