Arqueólogos descobrem vestígios do Farol de Alexandria em escavação subaquática
Estruturas de pedra e artefatos encontrados no fundo do mar confirmam localização exata da antiga maravilha.
Uma equipe de arqueólogos marinhos descobriu, no fundo do Mediterrâneo, vestígios que confirmam a localização exata do lendário Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. A descoberta foi feita durante uma expedição de rotina na costa do Egito e inclui grandes blocos de pedra e artefatos que datam do século III a.C.
Os pesquisadores, liderados pelo arqueólogo subaquático Jean-Yves Empereur, identificaram estruturas que correspondem às descrições históricas da base do farol. A descoberta promete reescrever capítulos da história da engenharia antiga e fornecer novos detalhes sobre uma das construções mais famosas da humanidade, destruída por terremotos entre os séculos XII e XIV.
Estruturas confirmam relatos históricos
Entre os achados estão blocos de granito com mais de 70 toneladas e diversos elementos arquitetônicos, incluindo colunas e estátuas. A análise preliminar indica que os materiais são consistentes com a época de Ptolomeu II, o faraó que encomendou a construção do farol na ilha de Faros.
"Encontramos o que parecem ser os alicerces da torre e uma série de rampas que provavelmente eram usadas para transportar o combustível até o topo", afirmou Empereur em comunicado à imprensa. A equipe utilizou sonares de varredura lateral e magnetômetros para mapear o fundo do mar antes de iniciar os mergulhos de investigação.
Impacto no estudo da antiguidade
A descoberta permite aos historiadores entender melhor as técnicas de construção e a logística empregadas pelos greco-egípcios. O Farol de Alexandria, com estimados 120 a 140 metros de altura, foi a estrutura mais alta do mundo feita pelo homem por muitos séculos e serviu como modelo para todas as construções do gênero posteriores.
Além dos blocos, foram recuperados fragmentos de cerâmica, moedas e instrumentos de navegação no local, que ajudam a datar com precisão os diferentes períodos de uso e reforma do farol. Esses artefatos serão restaurados e estudados no Museu Nacional de Alexandria.
Próximos passos da pesquisa
O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito anunciou que a área será protegida como sítio arqueológico subaquático. Uma nova fase de escavações, com mais recursos e especialistas internacionais, está programada para o próximo ano.
O objetivo é documentar completamente os vestígios e criar modelos digitais em 3D do farol em sua dimensão original. As descobertas também devem impulsionar o turismo de mergulho arqueológico na região, seguindo os protocolos de preservação do patrimônio.
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