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Arqueólogos descobrem vestígios do Farol de Alexandria em escavação subaquática
Ciência e Tecnologia

Arqueólogos descobrem vestígios do Farol de Alexandria em escavação subaquática

Estruturas de pedra e artefatos encontrados no fundo do mar confirmam localização exata da antiga maravilha.

Redação
Redação

16 de dezembro de 2025 ·

Uma equipe de arqueólogos marinhos descobriu, no fundo do Mediterrâneo, vestígios que confirmam a localização exata do lendário Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. A descoberta foi feita durante uma expedição de rotina na costa do Egito e inclui grandes blocos de pedra e artefatos que datam do século III a.C.

Os pesquisadores, liderados pelo arqueólogo subaquático Jean-Yves Empereur, identificaram estruturas que correspondem às descrições históricas da base do farol. A descoberta promete reescrever capítulos da história da engenharia antiga e fornecer novos detalhes sobre uma das construções mais famosas da humanidade, destruída por terremotos entre os séculos XII e XIV.

Estruturas confirmam relatos históricos

Entre os achados estão blocos de granito com mais de 70 toneladas e diversos elementos arquitetônicos, incluindo colunas e estátuas. A análise preliminar indica que os materiais são consistentes com a época de Ptolomeu II, o faraó que encomendou a construção do farol na ilha de Faros.

"Encontramos o que parecem ser os alicerces da torre e uma série de rampas que provavelmente eram usadas para transportar o combustível até o topo", afirmou Empereur em comunicado à imprensa. A equipe utilizou sonares de varredura lateral e magnetômetros para mapear o fundo do mar antes de iniciar os mergulhos de investigação.

Impacto no estudo da antiguidade

A descoberta permite aos historiadores entender melhor as técnicas de construção e a logística empregadas pelos greco-egípcios. O Farol de Alexandria, com estimados 120 a 140 metros de altura, foi a estrutura mais alta do mundo feita pelo homem por muitos séculos e serviu como modelo para todas as construções do gênero posteriores.

Além dos blocos, foram recuperados fragmentos de cerâmica, moedas e instrumentos de navegação no local, que ajudam a datar com precisão os diferentes períodos de uso e reforma do farol. Esses artefatos serão restaurados e estudados no Museu Nacional de Alexandria.

Próximos passos da pesquisa

O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito anunciou que a área será protegida como sítio arqueológico subaquático. Uma nova fase de escavações, com mais recursos e especialistas internacionais, está programada para o próximo ano.

O objetivo é documentar completamente os vestígios e criar modelos digitais em 3D do farol em sua dimensão original. As descobertas também devem impulsionar o turismo de mergulho arqueológico na região, seguindo os protocolos de preservação do patrimônio.

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