Ataque em Washington reacende política anti-imigração de Trump
Suspeito é imigrante afegão que obteve asilo neste ano e trabalhava em agências governamentais
Dois membros da Guarda Nacional foram baleados próximo à Casa Branca nesta tarde em um ataque atribuído a um imigrante afegão. O incidente ocorreu no centro de Washington, onde centenas de agentes patrulham as ruas desde agosto por determinação do presidente Donald Trump.
O autor dos disparos foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, segundo informações da Fox News. O suspeito trabalhou em várias agências do governo norte-americano, incluindo serviços de inteligência, antes de abrir fogo na capital federal.
Contexto migratório do suspeito
Lakanwal solicitou asilo nos Estados Unidos em 2024 e obteve a concessão do benefício no início deste ano. Trump afirmou nas redes sociais que o suspeito chegou ao país em 2021 em "um daqueles voos infames", referindo-se à evacuação de afegãos após a retirada das tropas americanas e tomada do poder pelo Talibã.
O presidente republicano foi enfático ao declarar que o episódio dará novo impulso à sua política contra imigrantes. "Este ataque reforça a necessidade de medidas mais duras para proteger nossa segurança nacional", afirmou Trump em suas declarações.
Cenário político desfavorável
O anúncio acontece em um momento crítico para a popularidade presidencial. De acordo com o agregador de pesquisas de Nate Silver, a taxa de desaprovação de Trump atingiu 55,9% na semana passada, enquanto a aprovação caiu para 41,2%.
As pesquisas também revelam queda na confiança sobre temas econômicos. A diferença entre avaliação negativa e positiva na condução da economia por Trump chega a 20 pontos percentuais, sendo ainda mais desfavorável no caso da inflação, onde atinge 34%.
Estratégia política
Analistas políticos avaliam que o atentado representa uma oportunidade para Trump retomar uma bandeira de campanha e redirecionar o foco das críticas. A imigração sempre foi um tema central em sua plataforma política, desde a primeira campanha presidencial em 2016.
O episódio ocorre em meio ao aumento da tensão sobre políticas migratórias nos Estados Unidos, com o governo enfrentando desafios legais sobre várias de suas medidas restritivas implementadas desde o início do segundo mandato.
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