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CCJ do Senado aprova PEC que reduz jornada de trabalho para 36 horas semanais

CCJ do Senado aprova PEC que reduz jornada de trabalho para 36 horas semanais

Proposta segue para votação em dois turnos no Plenário e, se aprovada, será enviada à Câmara dos Deputados.

Redação
Redação

10 de dezembro de 2025 ·

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (10), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada máxima de trabalho semanal no Brasil. O texto altera o limite atual, de 44 horas, para 36 horas semanais.

Com a aprovação na CCJ, a PEC será agora analisada pelo Plenário do Senado em dois turnos de votação. Caso seja aprovada pelos senadores, a proposta seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

Detalhes da proposta e próximos passos

A PEC mantém o limite de oito horas para a jornada diária e preserva os acordos de compensação de horas quando definidos por negociação coletiva. Um ponto central do texto é a garantia de que a redução da carga horária não poderá resultar em diminuição do salário do trabalhador.

O autor da proposta é o senador Paulo Paim (PT). Em sua defesa, ele argumenta que a medida traz benefícios também para o setor produtivo, pois reduz a dependência de horas extras e permite uma melhor distribuição das tarefas.

Argumentos a favor da redução

Para o senador Rogério Carvalho (PT), a mudança atende a demandas contemporâneas ligadas ao bem-estar, à produtividade e à saúde dos trabalhadores. Ele e outros defensores da PEC citam que a jornada 6x1, comum em vários setores, é apontada por especialistas como geradora de fadiga, maior risco de acidentes e impactos negativos na vida social.

Estudos mencionados na tramitação da proposta mostram resultados positivos em experiências recentes de redução da jornada em países como Espanha e Portugal, com registros de ganhos de produtividade e até geração de novos postos de trabalho.

Opinião pública e perspectivas

Dados de um especialista da DataSenado indicam que 48% dos trabalhadores brasileiros acreditam que jornadas menores resultam em benefícios diretos para a qualidade de vida. A proposta agora aguarda a pauta do Plenário do Senado para iniciar sua tramitação final na Casa antes de seguir para a Câmara.

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