Pesquisas eleitorais deixaram de ser vistas como oráculos previsores para se tornarem instrumentos estratégicos em campanhas políticas modernas, segundo análise do consultor Wilson Pedroso, especialista com 30 anos de experiência. O especialista, que coordenou campanhas de João Doria e Bruno Covas, afirma que políticos inteligentes usam os dados para ajustar discursos e direcionar investimentos.
Mudança de paradigma
Pedroso destaca que representantes da velha política cometem equívoco ao desprezar pesquisas, enquanto candidatos modernos as utilizam como meio para entender tendências e comportamentos eleitorais. "Na prática, o que vemos é que, atualmente, quem despreza as pesquisas costuma andar às cegas", afirma o consultor em artigo publicado no Portal IG.
Uso estratégico dos dados
As pesquisas atuais devem dialogar com dados, narrativas e timing, integrando-se a um conjunto maior de informações. "Elas não devem consultar os eleitores apenas sobre suas intenções de votos, mas levantar também suas opiniões sobre temas decisivos", explica Pedroso, sócio estrategista do Real Time Big Data.
O consultor ressalta que em tempos de redes sociais e inteligência artificial, a pesquisa ideal é aquela que ajuda a pensar, e não apenas a aparecer. Segundo ele, embora não garantam vitórias por si só, os levantamentos bem interpretados fornecem subsídios estratégicos essenciais para campanhas eleitorais bem-sucedidas.
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