Deputado Sóstenes Cavalcante chama Alexandre de Moraes de "psicopata"

O deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, reagiu com veemência à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada neste sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em vídeo publicado em suas redes sociais, o parlamentar classificou o ministro como "psicopata de alto grau" e afirmou que a prisão é resultado de "perseguição política".

A prisão preventiva de Bolsonaro foi determinada pela Polícia Federal após decisão do STF, com justificativa de garantia da ordem pública. A medida ocorreu após o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, convocar uma vigília de oração para a noite deste sábado.

Críticas à validade jurídica

Em publicação na rede social X, Cavalcante questionou a base legal da decisão. "Prisão preventiva no mesmo processo em que já existe uma sentença praticamente definida, com prisão domiciliar já estabelecida, e tudo isso sem qualquer fato novo", afirmou o deputado, acrescentando que "não existe lógica jurídica, existe apenas a vontade de um ministro que transformou sua caneta em instrumento de poder pessoal".

O parlamentar também destacou a coincidência da data, lembrando que o número 22 é usado nas urnas pelo Partido Liberal. "Reviraram a vida do presidente Bolsonaro e não acharam um real que ele tenha roubado. Perseguem ele de todas as formas hoje, no dia 22, número do nosso partido", declarou em seu pronunciamento.

Contexto da condenação

Na legenda de sua publicação, Cavalcante mencionou a pena de 27 anos imposta a Bolsonaro pela tentativa de golpe ocorrida em 2022, considerando-a desproporcional. O deputado definiu a prisão preventiva como "a maior perseguição política da história do Brasil".

Em outro post na mesma rede social, Cavalcante repetiu os ataques a Moraes, descrevendo-o novamente como "psicopata de alto grau" e questionando a motivação da prisão preventiva do ex-presidente.

A reação do líder do PL ocorre no mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu a decisão judicial que determinou a prisão preventiva de Bolsonaro, medida que according to o ministro Alexandre de Moraes, visa garantir a ordem pública após a convocação da vigília pelo senador Flávio Bolsonaro.