Fiscais do Ibama interceptaram nesta segunda-feira (23) duas cargas com partes de animais silvestres protegidos no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Entre os itens apreendidos estavam fragmentos de uma girafa-do-norte (Giraffa camelopardalis) e um troféu de caça de leão-africano (Panthera leo), espécies listadas no Anexo II da Convenção CITES.
Falta de documentação
As remessas foram retidas por não apresentarem a Licença CITES, documento obrigatório para transporte internacional dessas espécies. "A ausência da licença configura violação aos protocolos de controle do comércio de fauna ameaçada", explicou o Ibama em nota. O material incluía crânio, mandíbula, capa e quatro ossos das pernas da girafa.
Risco de extinção
Ambas as espécies têm proteção especial sob a CITES, tratado assinado por 180 países desde 1975 para evitar que o comércio internacional acelere processos de extinção. No Brasil, o Ibama atua como autoridade emissora das licenças necessárias para esse tipo de transporte.
Tráfico de fauna
O comércio ilegal de animais silvestres está entre os crimes ambientais mais lucrativos do mundo, com impacto direto na biodiversidade. Dados da Interpol estimam que o mercado movimente até US$ 20 bilhões anualmente, atrás apenas do tráfico de drogas e armas.
As peças apreendidas permanecem sob custódia do Ibama e terão destinação definida conforme protocolos internacionais. O caso será encaminhado para investigação das autoridades competentes.
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