O empresário norte-americano John Textor anunciou nesta segunda-feira (30) sua saída do comando do Olympique Lyonnais, clube francês que enfrenta grave crise financeira e risco de rebaixamento administrativo. A decisão faz parte de uma reestruturação estratégica do grupo Eagle Football Holdings Limited e marca uma mudança de foco do executivo para o Botafogo e outros clubes sob seu controle.
Textor deixará a presidência do Lyon em meio a um processo de apelação contra possível rebaixamento imposto por autoridades esportivas francesas. O clube acumula dívidas de aproximadamente 175 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão), comprometendo sua estabilidade financeira e esportiva.
Sucessão e novos rumos
A presidência do Lyon será assumida por Michele Kang, proprietária do Washington Spirit (EUA), enquanto Michael Gerlinger, ex-dirigente do Bayern de Munique, assume como CEO. Textor permanece como principal executivo do Eagle Football, mas com atuação mais focada no Botafogo, no Daring Club de Bruxelas (Bélgica) e em futuras aquisições na Inglaterra.
"Estou ansioso por reduzir minhas responsabilidades de gestão diária na Europa para focar em mercados onde temos total liberdade para administrar nossos clubes", afirmou Textor em comunicado. O empresário destacou conquistas esportivas recentes, mas admitiu a necessidade de mudanças na gestão: "Devemos ser tão eficazes fora de campo quanto somos dentro dele".
Estratégia descentralizada
A mudança no Lyon não altera a estrutura do Eagle Football, mas implementa um modelo mais descentralizado, com lideranças locais atuando diretamente nos clubes. Textor concentrará esforços em mercados com maior autonomia e potencial de crescimento, mantendo participação no Crystal Palace e planejando novas aquisições no futebol inglês.
O grupo Eagle Football mantém controle sobre quatro clubes em três países, com investimentos que ultrapassam US$ 500 milhões desde 2022. No Botafogo, Textor promete intensificar projetos de infraestrutura e formação de atletas, seguindo modelo semelhante ao implementado no Lyon antes da crise financeira.
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