A influenciadora Maria Karollyny Campos Ferreira, conhecida como Karol Digital, completa um mês de prisão nesta segunda-feira (22). Ela e o namorado, Dhemerson Rezende Costa, são investigados por esquema de exploração ilegal de jogos de azar, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.
Karol foi presa em Araguaína no dia 22 de agosto de 2025, durante a operação FRAUS da Polícia Civil do Tocantins. A influencer está detida na Unidade Penal Feminina de Ananás, enquanto seu companheiro cumpre prisão na Casa de Prisão Provisória de Araguaína.
Operação apreende patrimônio milionário
Investigaciones apontaram que os alvos movimentaram R$ 217.662.276,70 entre janeiro de 2019 e outubro de 2024. A polícia identificou que os suspeitos operaram 30 contas bancárias em 11 agências de 13 instituições financeiras diferentes.
Durante a operação, foram apreendidos sete veículos de luxo no nome da influencer, somando aproximadamente R$ 5,5 milhões, incluindo uma McLaren avaliada em R$ 3,1 milhões. A Justiça também determinou a apreensão de sete imóveis e uma fazenda com criação de 248 bovinos em Palmeirante, avaliada em R$ 8 milhões.
Esquema de mentoria e apostas fraudulentas
Segundo o delegado Wanderson Queiroz, Karol Digital "simulava que estava ganhando no jogo, quando, na verdade, esse dinheiro tinha outra origem". A influenciadora enganava seus mais de 1,5 milhão de seguidores afirmando que não tinha contratos com plataformas de jogos.
Em conversas apreendidas pela polícia, a influencer cobrou R$ 30 mil para divulgar uma plataforma de apostas. Investigadores encontraram mensagens de vítimas que perderam dinheiro em jogos online pedindo ajuda à Karol, que oferecia dicas e vendia mentorias prometendo ganhos.
Estrutura empresarial para ocultação patrimonial
A polícia identificou que Karol transferiu bens para três empresas, criando holdings para dar "aparência de legalidade aos bens adquiridos de forma ilícita". A influenciadora é dona de empresas dos segmentos de moda, estética, saúde e agronegócio em Araguaína.
O Tribunal de Justiça negou, em segunda instância, o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do casal. A defesa alegou que os clientes "eram inocentes" e que a renda de Karol Digital "era inteiramente legal", mas não se manifestou sobre novas solicitações do g1.
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