Enquanto o Ministério da Defesa condecorava 202 personalidades em Brasília, militares da ativa e da reserva prestavam depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o inquérito que apura envolvimento em atos golpistas após as eleições de 2022. A cerimônia ocorreu no Clube da Aeronáutica, a menos de 5km da sede do STF.
Na solenidade, foram entregues medalhas da Ordem do Mérito da Defesa a civis e militares, em evento que marcou os 26 anos da pasta. Paralelamente, o ministro Alexandre de Moraes ouvia depoimentos sobre a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Eventos simultâneos com contrastes
O Ministério da Defesa destacou durante a cerimônia o papel estratégico das Forças Armadas na defesa da soberania nacional e os avanços tecnológicos alcançados nos últimos anos. Enquanto isso, no STF, militares respondiam sobre suposta participação em ações contra as instituições democráticas.
Os dois eventos ocorreram na mesma tarde em Brasília, representando faces distintas das Forças Armadas: uma de reconhecimento institucional e outra de investigação por suposto envolvimento em atos antidemocráticos.
Contexto do inquérito
O inquérito no STF investiga ações pós-eleitorais de 2022, quando grupos bolsonaristas articularam protestos contra o resultado das urnas, incluindo invasões a sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. O ex-presidente e aliados são investigados por suposta tentativa de golpe de Estado.
Entre os condecorados no evento do Ministério da Defesa estavam militares da ativa e da reserva, mas a pasta não divulgou se algum dos premiados estava entre os convocados a depor no STF.
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