Pesquisa em Pernambuco mostra João Campos com 55% para governo e disputa acirrada ao Senado

O prefeito de Recife, João Campos (PSB), lidera com folga a corrida pelo Governo de Pernambuco, alcançando 55% das intenções de voto em cenário estimulado. Os dados são da mais recente pesquisa do Instituto Real Time Big Data, realizada nos dias 9 e 10 de dezembro de 2025, com 1.200 entrevistas e margem de erro de ±3 pontos percentuais.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) aparece em segundo lugar, com 28% das intenções. Eduardo Moura e Ivan Moraes registram 7% e 3%, respectivamente. A pesquisa também revela um quadro de alta indefinição: na pergunta espontânea, 64% dos eleitores afirmam não ter candidato definido para o governo.

Rejeição eleitoral e memória política

Em múltipla escolha, Raquel Lyra lidera o índice de rejeição com 46%, seguida por Ivan Moraes (29%). João Campos tem 28% de rejeição e Eduardo Moura, 23%. A memória do ex-governador Eduardo Campos, falecido em 2014, permanece muito forte: 64% dos entrevistados o consideram o melhor entre os três últimos governadores do estado, contra 22% para Raquel Lyra e 5% para Paulo Câmara.

A avaliação do governo estadual atual mostra equilíbrio: 50% aprovam a gestão, enquanto 47% desaprovam. Quando qualificada, 27% consideram o governo ótimo ou bom, 44% o avaliam como regular e 27% como ruim ou péssimo.

Cenário competitivo para o Senado

A disputa pelas duas vagas ao Senado Federal se mostra fragmentada e competitiva. Em diferentes cenários testados, Humberto Costa (PT) aparece consistentemente entre os primeiros, com percentuais entre 24% e 26%.

Anderson Ferreira (PL) mantém presença relevante, oscilando entre 14% e 22%. Silvio Costa Filho (Republicanos) emerge como uma alternativa competitiva, alcançando 21% no consolidado de um dos cenários. Em composições por voto, Silvio chega a 18% no primeiro voto e 25% no segundo, indicando capacidade de agregação.

Fernando Dueire (PSDB) e Eduardo da Fonte (PP) aparecem em patamares menores, oscilando em torno de 7% a 10% e alcançando até 16%, respectivamente. As taxas de votos nulos, brancos e indecisos variam entre 11% e 19%, mantendo volatilidade na corrida.

Panorama decisivo para 2026

Os números apontam para uma eleição estadual com favoritismo consolidado de João Campos ao Palácio do Campo das Princesas. No entanto, a combinação de aprovação governamental equilibrada, percepções críticas sobre o estado e percentuais significativos de indecisos indica que a corrida até outubro de 2026 ainda tem espaço para movimentações.

Para o Senado, a disputa segue aberta e dependente das alianças e do desenho final das chapas. A pesquisa foi coordenada pelo cientista político Bruno Soller e pelo consultor eleitoral Wilson Pedroso, colunista do Portal iG.