A Procuradoria-Geral da República (PGR) prepara pedido de prisão preventiva contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao Supremo Tribunal Federal (STF). A informação surge após a parlamentar anunciar viagem ao exterior para continuar tratamento de saúde, com a Itália como possível destino por possuir cidadania italiana - o que impediria eventual extradição.
O advogado Daniel Bialski comunicou desligamento da defesa da deputada, alegando "motivo de foro íntimo". Em nota, ele confirmou ter sido informado sobre a viagem para tratamento médico, mas não detalhou o procedimento nem o destino exato.
Contexto da condenação
Zambelli foi condenada em 18 de maio pela 1ª Turma do STF a 10 anos de prisão pelo crime de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão determinou a perda automática de seu mandato, cabendo à Câmara dos Deputados a avaliação final sobre a cassação.
A deputada declarou que solicitará licença não remunerada do mandato e continuará recorrendo da decisão. "Vou continuar lutando pelo meu mandato e pela verdade, mas agora de fora do país, diante do atual cenário", afirmou.
Repercussão jurídica
Especialistas em direito constitucional apontam que a saída do país após condenação definitiva configura risco concreto de fuga, justificando o pedido de prisão preventiva. A PGR analisa os prazos processuais para formalizar o requerimento ao STF.
O caso remonta a 2021, quando Zambelli foi acusada de acessar ilegalmente sistemas do CNJ durante investigações sobre supostas irregularidades no órgão. A defesa sempre negou as acusações, alegando perseguição política.
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