O piloto brasileiro Rafael Santoro registrou nesta segunda-feira (02) a erupção do vulcão Etna durante um voo sobre a Sicília, na Itália. As imagens mostram uma densa coluna de fumaça saindo da cratera sul do vulcão, que entrou em atividade na noite de domingo (01) com aumento significativo de tremores de terra.
Segundo o Volcanic Ash Advisory Centre em Toulouse, a coluna de cinzas atingiu 6.400 metros de altura, superando as estimativas iniciais de 5.500 metros. O fenômeno gerou fluxos de lava que desceram pela encosta sudeste do vulcão, causando a evacuação de turistas e alpinistas, sem registros de feridos.
Voo seguro acima da erupção
Santoro garantiu que não havia risco para a aeronave, que voava a 39 mil pés (cerca de 12.000 metros), altitude bem superior à coluna de fumaça. "Foi a primeira vez que vi um vulcão em erupção durante um voo", relatou o piloto, que já teve outras experiências com fenômenos celestes.
Características do Etna
O Etna é o maior vulcão da Europa em volume, com base de 1.190 km² (equivalente a 70% da cidade de São Paulo) e altura entre 3.300 e 3.350 metros. Sua estrutura inclui quatro crateras ativas no topo e cerca de 700 cones vulcânicos secundários nas encostas.
Classificado como estratovulcão, o Etna mantém atividade documentada há 2.600 anos e é um dos mais monitorados do mundo. O Observatório Etneo identifica dois padrões eruptivos principais: erupções no topo que podem persistir por décadas e erupções nas encostas que produzem rios de lava extensos.
Monitoramento constante
Equipes do INGV acompanham em tempo real as mudanças na atividade do vulcão, que apresenta em média várias erupções anuais de pequeno a médio porte. Sistemas de alerta baseados em monitoramento sísmico e deformação do solo permitem respostas rápidas, enquanto a lava de baixa velocidade facilita evacuações.
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