O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, resultou em uma tragédia com quatro mortos e 13 desaparecidos. Um documento do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) indicava que a estrutura, que data da década de 1960, apresentava vibrações excessivas e necessitava de reabilitação. Antes do acidente, em maio de 2024, o DNIT havia aberto um edital para a reforma da ponte, mas nenhuma empresa foi contratada devido à inabilitação dos interessados durante o processo licitatório.
O DNIT já tinha identificado, em um anteprojeto de 2020, uma série de problemas com a ponte, destacando que as “manifestações patológicas e deficiências funcionais” eram comuns em estruturas dessa época. A reconstrução foi prometida pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, que anunciou um decreto emergencial com destinação de R$ 100 milhões para as obras. A nova estrutura deverá ser entregue em 2025, e uma sindicância foi aberta para investigar as causas do desabamento e responsabilidades associadas ao ocorrido.
Além das consequências trágicas para a população e os danos materiais, há preocupações ambientais significativas. A queda da ponte resultou no derramamento de ácido sulfúrico e agrotóxicos no Rio Tocantins, levando as autoridades a requisitar que os moradores não utilizem a água do rio para abastecimento. O Ministério Público Federal está investigando os impactos ambientais desse acidente, que pode afetar cerca de 18 cidades na região.
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