Band estuda retorno do CQC para 2026 com possível nova formação
Ex-integrantes revelam condições para voltar ao programa em ano de Copa e eleições
A Band estuda o retorno do programa "Custe o Que Custar" (CQC) para 2026, ano que terá Copa do Mundo, eleições municipais e todo o cenário político que tradicionalmente alimenta o humor político do formato. A emissora analisa a viabilidade do projeto numa era de polarização extrema e transformação digital.
O possível retorno ocorreria mais de uma década após o fim do programa original, que marcou a televisão brasileira entre 2008 e 2015 com sua abordagem única de humor e jornalismo. A nova versão enfrentaria o desafio de conquistar um público que migrou das telas tradicionais para as plataformas digitais.
Condições para o retorno
Entre os ex-integrantes consultados, 6 manifestaram interesse em voltar, enquanto 3 preferem preservar a sanidade mental diante dos desafios atuais. As condições para o retorno variam desde mudanças no formato até preocupações com segurança.
"Se o CQC voltasse tentando ser o programa da década passada no copia e cola, seria um desastre", alertou Oscar Filho, um dos pioneiros do programa. Ele defende que o retorno exige "sangue nos olhos e faca nos dentes" para funcionar no contexto atual.
Preocupação com segurança
Vários ex-integrantes expressaram preocupação com a violência política atual. "Ia ter que trocar o terno e gravata por uma armadura, talvez colete à prova de bala", disse Marco Luque, destacando que o ambiente político atual é muito mais perigoso para o tipo de abordagem que faziam.
Rafael Cortez complementou: "A TV não pode esquecer que com a internet hoje, qualquer anônimo consegue falar o que pensa e confrontar de verdade político na rua. Se a TV não tiver disposta a fazer melhor que isso é bom nem começar."
Mudanças necessárias
Danilo Gentili defendeu que o programa precisaria de "renovação corajosa" e não se vê mais na cadeira central. Já Marcelo Tas sugeriu que o formato deveria misturar antigos integrantes com novos talentos, mas não se vê fazendo reportagens de rua como antes.
O consenso entre os que aceitariam voltar é a necessidade de atualização do formato para os novos tempos, mantendo porém o espírito anárquico e corajoso que marcou o programa original.
Contexto desafiador
O retorno aconteceria num cenário midiático completamente transformado. Como observou Cortez: "O CQC é um programa super jovem. Esse público não assiste mais televisão desde 2012". A audiência da TV aberta mudou radicalmente na última década.
Monica Iozzi destacou que "a polarização extrema que a gente ainda vive não facilita o trabalho", lembrando que mesmo sendo neutra em suas abordagens, sofria ataques de todos os lados durante as coberturas políticas.
Deixe seu Comentário
0 Comentários