A partir de 14 de junho de 2025, todos os estádios brasileiros com capacidade acima de 20 mil torcedores são obrigados a utilizar sistemas de reconhecimento facial para controle de acesso. A medida, estabelecida pela Lei Geral do Esporte, visa aumentar a segurança e coibir fraudes nos ingressos.
Segurança e agilidade
Ricardo Cadar, fundador da Bepass (empresa especializada no setor), destacou à reportagem que a tecnologia permite identificar "todos os dados da pessoa: CPF, telefone e imagem facial", dificultando a ação de cambistas. Segundo ele, no Allianz Parque do Palmeiras, onde o sistema já opera há 2 anos e meio, a violência no entorno caiu 80%.
Dados concretos: O Palmeiras já prendeu 220 pessoas com pendências judiciais que tentaram acessar o estádio, segundo informações da SSP-SP. A velocidade de entrada triplicou em relação ao sistema tradicional de QR codes.
Experiência dos torcedores
Matheus, torcedor palmeirense, relatou que "as filas diminuíram drasticamente" e o cambismo foi reduzido. Já Enzo, também do Palmeiras, apontou como único ponto negativo a dificuldade em repassar ingressos para familiares, que precisam fazer cadastro prévio.
André David, são-paulino de 25 anos, avaliou positivamente: "Acho que caminha para uma maior segurança no estádio". No Morumbis, a implementação total ocorreu em 25 de maio, com ocorrências pontuais.
Adesão dos clubes
Além do Palmeiras, Santos e São Paulo já utilizam a tecnologia. O Corinthians foi o último grande clube paulista a aderir, instalando o sistema em 20 de junho. A Arena Barueri, que recebe jogos do Verdão, será a próxima a implementar.
O Santos destacou casos concretos onde imagens das catracas ajudaram a identificar participantes de conflitos internos. Já o Tricolor paulista informou que o processo no Morumbis ocorre "dentro da normalidade", com falhas resolvidas rapidamente.
Próximos passos
O grande desafio atual é a integração dos sistemas entre clubes para facilitar o acesso de torcedores visitantes, que hoje precisam fazer cadastro temporário a cada jogo. O Santos sugeriu via nota que essa padronização seria "fundamental" para melhorar a experiência.
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