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Cães azuis de Chernobyl tinham pelagem manchada por banheiro químico, diz cientista

Cães azuis de Chernobyl tinham pelagem manchada por banheiro químico, diz cientista

Especialista descarta relação com radiação e atribui coloração incomum a comportamento anti-higiênico dos animais.

Redação
Redação

8 de dezembro de 2025 ·

Os cães de rua que apareceram com a pelagem azulada na zona de exclusão de Chernobyl, na Ucrânia, provavelmente adquiriram a coloração após rolar em um banheiro químico tombado. A explicação foi dada pelo cientista Timothy A. Mousseau, ligado ao programa de cuidado aos animais, e descarta os rumores de que a tonalidade seria resultado de mutações radioativas.

As imagens de três cachorros com pelos azuis viralizaram nas redes sociais em outubro, após publicação do projeto Dogs of Chernobyl. O programa atua desde 2017 na alimentação, vacinação e monitoramento dos cerca de 700 cães que vivem no entorno da usina onde ocorreu o desastre nuclear de 1986.

Especialista rebate especulações

Em postagem oficial, o pesquisador Timothy A. Mousseau, doutor em Ciências Biológicas, afirmou que a causa mais provável é comportamental. "Na realidade, a tinta azul provavelmente veio de um banheiro químico tombado, onde os cachorros estavam rolando nas fezes, como é comum entre eles", explicou Mousseau. "A coloração azul era simplesmente um sinal do comportamento anti-higiênico dos cães!"

O cientista reforçou que a radiação não foi a causa do fenômeno, encerrando as especulações que circularam na internet por meses. Os animais da região são descendentes de pets abandonados durante a evacuação em massa após o acidente.

Contexto da vida selvagem na zona proibida

Desde o desastre, a fauna se expandiu na área onde a presença humana permanece severamente restrita. Um estudo publicado em 2024 identificou que alguns cães da zona de exclusão desenvolveram mutações genéticas associadas à resistência à radiação, poluentes e metais pesados, uma adaptação única ao ambiente hostil.

Especialistas alertam que os níveis de radiação no local chegam a ser seis vezes superiores ao limite permitido para trabalhadores humanos. Estima-se que a área deva permanecer inabitável por cerca de 3 mil anos.

O programa Dogs of Chernobyl continua seus trabalhos de auxílio aos animais, que sobrevivem em um dos ambientes mais radioativos do planeta. A organização mantém atualizações sobre o estado de saúde da população canina através de suas redes sociais.

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