Casais chineses são acusados de contrabandear fungo nocivo para os EUA
Pesquisadora teria recebido financiamento do governo chinês para estudos com patógeno considerado arma de agroterrorismo
Um casal de cidadãos chineses foi acusado nesta terça-feira (3) de contrabandear o fungo Fusarium graminearum para os Estados Unidos. O patógeno, considerado potencial arma de agroterrorismo, pode destruir plantações e intoxicar humanos e animais.
Zunyong Liu, 34 anos, foi flagrado pela Alfândega americana em julho de 2023 no Aeroporto de Detroit ao tentar entrar no país com o material biológico. Sua namorada, Yunqing Jian, 33, pesquisadora da Universidade de Michigan, teria recebido o fungo para estudos.
Ligações com o governo chinês
Segundo a denúncia federal, Jian recebeu financiamento do governo chinês para pesquisas com o fungo e seria "membro fiel do Partido Comunista Chinês". Liu trabalha em universidade chinesa que também estuda o patógeno.
O Departamento de Justiça americano afirma que o Fusarium graminearum causa a doença "giberela" em plantações, gerando perdas bilionárias anuais. Suas toxinas podem provocar vômitos, danos hepáticos e problemas reprodutivos.
Reações e consequências
A Universidade de Michigan negou ter recebido verbas chinesas para as pesquisas e afirmou estar colaborando com as investigações. O casal enfrenta acusações de conspiração, contrabando e fraude de visto.
O procurador Jerome Gorgon Jr. classificou o caso como "ameaça à segurança nacional". Se condenados, os acusados podem pegar até 20 anos de prisão por contrabando de agentes biológicos.
Deixe seu Comentário
0 Comentários