Ciclone intenso provoca ventos de até 131 km/h em cinco estados do Sul e Sudeste
Fenômeno posicionado no Atlântico alterou padrão atmosférico e causou estragos desde o litoral até áreas serranas nesta quarta-feira.
Um ciclone intenso posicionado a leste do Rio Grande do Sul, sobre o Oceano Atlântico, provocou rajadas de vento superiores a 100 km/h em cinco estados das regiões Sul e Sudeste na quarta-feira (10). O fenômeno alterou o padrão de circulação atmosférica, gerando ventania que afetou grandes centros urbanos e regiões turísticas, conforme dados da empresa de meteorologia MetSul.
As rajadas mais fortes foram registradas no Paraná, onde uma estação do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) no Parque Marumbi, na Serra do Mar, anotou 131,8 km/h durante a manhã. Em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, os ventos atingiram 111 km/h.
Ventos fortes em grandes capitais
Os grandes centros urbanos também sentiram os efeitos do ciclone. No Rio de Janeiro, o Pico do Couto, na região serrana, registrou 105 km/h. Na capital fluminense, a estação da Marambaia marcou 73 km/h. Em São Paulo, a estação de referência do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Mirante de Santana, zona norte, anotou rajada de 83 km/h.
Os aeroportos da Grande São Paulo registraram ventos significativos: 96 km/h em Congonhas, 80 km/h no Campo de Marte e 78 km/h no Aeroporto Internacional de Guarulhos. No litoral paulista, pontos de medição indicaram rajadas entre 90 km/h e 100 km/h.
Registros nos estados do Sul
Santa Catarina teve ventos expressivos, com Urupema registrando 108 km/h, seguida por Belmonte e Praia Grande, ambas com 101 km/h. Outras cidades catarinenses como Major Vieira (91 km/h), Bom Jardim da Serra (85 km/h), Água Doce e Rio Negrinho (81 km/h) também tiveram valores elevados.
No Rio Grande do Sul, estado mais influenciado pela posição do ciclone, Rolante teve rajadas de 105 km/h. Rio Grande registrou 89 km/h, Camaquã 77 km/h, e Mostardas e Cambará do Sul marcaram 71 km/h. No Paraná, além do recorde no Marumbi, Palmas teve ventos de 86 km/h e Curitiba, 77 km/h.
Contexto meteorológico e orientações
Meteorologistas explicam que ciclones deste tipo, mesmo atuando próximos à costa sobre o oceano, costumam provocar episódios de vento intenso a centenas de quilômetros de distância do seu centro de baixa pressão. A orientação das autoridades é para que a população permaneça atenta às atualizações de alertas do Inmet e de órgãos estaduais.
Em dias de ventania forte, recomenda-se evitar áreas com risco de queda de árvores, estruturas frágeis e fachadas expostas. A previsão é de que o sistema ciclônico continue influenciando o tempo na região, com possibilidade de novas rajadas fortes nas próximas horas.
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