O conflito entre Israel e Irã completou quatro dias neste domingo (15) com intensos ataques aéreos e lançamentos de mísseis, que resultaram em mais de 140 mortos e centenas de feridos em ambos os lados. A escalada começou após um ataque israelense a instalações militares e nucleares em Teerã na madrugada de sexta-feira (13), seguido por retaliações iranianas contra cidades israelenses.
Baixas e danos em ambos os lados
Em Israel, o saldo atual é de 13 mortos, incluindo três crianças, e mais de 390 feridos. Ataques com mísseis balísticos e drones atingiram áreas residenciais em Tel Aviv, Haifa, Bat Yam e Tamra. O sistema de defesa Domo de Ferro interceptou a maioria dos projéteis, mas falhas pontuais foram reconhecidas pelas autoridades israelenses.
No Irã, os bombardeios israelenses deixaram pelo menos 128 mortos, incluindo altos comandantes militares como Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas. Alvos estratégicos como o Ministério da Defesa e instalações nucleares em Isfahan foram atingidos, com danos confirmados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Retórica belicista e ameaças
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu continuar os ataques a "todo lugar e todos os alvos" no Irã, incluindo a usina de enriquecimento de urânio de Natanz. Já o aiatolá Ali Khamenei classificou as ações israelenses como "declaração de guerra" e ameaçou atacar bases de países ocidentais caso interfiram no conflito.
Consequências e próximos passos
O Irã suspendeu todas as negociações nucleares, enquanto a comunidade internacional monitora com preocupação a escalada do conflito. Especialistas alertam para o risco de ampliação das hostilidades, que já representam o confronto mais grave entre os dois países na última década.