Correios aprovam plano com demissões e fechamento de agências
Empresa buscará empréstimo de R$ 20 bilhões para enfrentar rombo nas contas
A Diretoria dos Correios aprovou nesta sexta-feira (21) um plano de reestruturação que inclui demissões em massa e fechamento de agências em todo o país. A medida busca enfrentar o grave rombo financeiro que atinge a empresa estatal, que agora buscará um empréstimo de R$ 20 bilhões junto a instituições financeiras.
O plano aprovado pela diretoria-executiva da empresa prevê ainda a busca por novas fontes de receita para equilibrar as contas. A situação financeira dos Correios se agravou nos últimos anos, com prejuízos consecutivos que comprometem a sustentabilidade da operação.
Medidas drásticas para crise financeira
As demissões farão parte de um programa de desligamento voluntário e involuntário, ainda sem números definidos publicamente. O fechamento de agências seguirá critérios técnicos de rentabilidade e atendimento, priorizando unidades com baixo movimento e alto custo operacional.
Segundo fontes internas, a empresa já identificou centenas de agências que podem ser fechadas em todo o território nacional. A prioridade será manter o atendimento em cidades menores através de parcerias com comércio local e serviços móveis.
Busca por capital e novas receitas
O empréstimo de R$ 20 bilhões será utilizado para recompor o capital de giro e investir em modernização. Paralelamente, os Correios estudam ampliar serviços como logística e-commerce, banking correspondente e soluções digitais para aumentar a receita.
"Estamos diante de um momento decisivo para o futuro dos Correios. As medidas são duras, mas necessárias para garantir a continuidade dos serviços postais no país", afirmou um diretor que participou da reunião.
Contexto histórico da crise
Os Correios acumulam prejuízos bilionários desde 2015, agravados pela pandemia e pela mudança no perfil do mercado de encomendas. A empresa enfrenta concorrência crescente de startups de logística e serviços de entrega rápida, além da redução no volume de cartas tradicionais.
O último balanço divulgado mostra que o rombo nas contas supera R$ 15 bilhões, com tendência de crescimento caso não sejam tomadas medidas estruturais. A situação já levou a empresa a atrasar pagamentos a fornecedores e reduzir investimentos em manutenção.
Próximos passos e negociações
O plano agora será submetido ao Ministério das Comunicações e à Casa Civil para análise final. Paralelamente, a empresa iniciará negociações com sindicatos sobre o programa de demissões e com bancos para estruturação do empréstimo bilionário.
Especialistas em empresas estatais alertam que a recuperação dos Correios exigirá além de cortes, uma profunda modernização do modelo de negócios. "É preciso repensar completamente o papel dos Correios no século 21", avalia um consultor do setor.
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