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Defesa de Bolsonaro pede cirurgia urgente e prisão domiciliar ao STF

Defesa de Bolsonaro pede cirurgia urgente e prisão domiciliar ao STF

Exames detectaram duas hérnias inguinais no ex-presidente, que está detido na PF em Brasília desde domingo.

Redação
Redação

15 de dezembro de 2025 ·

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou, nesta segunda-feira (15), um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando autorização para uma cirurgia de urgência e a concessão de prisão domiciliar. O pedido foi feito após exames médicos realizados no domingo (14) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde Bolsonaro está preso.

De acordo com a equipe jurídica, exames de ultrassonografia confirmaram a presença de duas hérnias inguinais. Os médicos que o avaliaram indicaram a necessidade de uma herniorrafia inguinal bilateral – a cirurgia corretiva – em caráter de urgência. A defesa argumenta que o procedimento, que requer anestesia geral e internação hospitalar estimada entre cinco e sete dias, não pode ser realizado dentro do sistema prisional.

Laudo médico reforça urgência do procedimento

No documento enviado ao STF, os advogados anexaram um novo laudo assinado pelo cirurgião Claudio Birolini. O profissional reforçou a indicação cirúrgica, destacando a necessidade de internação hospitalar e acompanhamento pós-operatório adequado.

A defesa sustenta que o quadro clínico exige atenção imediata e alerta para riscos à integridade física do ex-presidente caso ele permaneça em regime fechado sem acesso contínuo a cuidados médicos especializados. "A urgência do procedimento evidencia a impossibilidade de manutenção da prisão nos moldes atuais", afirmaram os advogados no pedido.

Pedido reiterado de prisão domiciliar

Além da autorização para a cirurgia, que teria indicação de ocorrer no hospital DF Star, os representantes legais voltaram a solicitar a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, em caráter humanitário.

Eles argumentam que a situação "não se trata de uma hipótese futura ou preventiva, mas de uma necessidade médica concreta, comprovada por exames e relatórios". A defesa alerta que a demora no tratamento pode resultar em agravamento do quadro, internações emergenciais e complicações evitáveis.

Contexto dos exames e decisão anterior de Moraes

No fim de semana, a defesa já havia informado publicamente, por meio de redes sociais, que os exames confirmaram as duas hérnias e que a cirurgia é o único tratamento definitivo para o problema.

Os exames foram realizados após autorização do ministro Alexandre de Moraes, concedida no sábado (13). Moraes permitiu a entrada de um médico na cela de Bolsonaro, com equipamento portátil de ultrassom, para a realização dos procedimentos. A solicitação inicial para os exames havia sido feita pelos advogados na quinta-feira (11).

O STF agora analisa o novo pedido, que une a necessidade médica imediata ao pleito por um regime prisional menos rigoroso. A decisão do ministro relator definirá os próximos passos tanto para o tratamento de saúde quanto para as condições da prisão do ex-presidente.

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