Defesa de Bolsonaro pede visita de cardiologista e fisioterapeuta ao ex-presidente
Advogados solicitam ao STF autorização para especialistas atenderem ex-presidente preso por tentativa de golpe
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta segunda-feira (1º), autorização para que o ex-presidente seja atendido por um cardiologista e um fisioterapeuta. Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
A solicitação ocorre dias após o vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, manifestar preocupação com a saúde do pai nas redes sociais. Na última sexta-feira (28), ele afirmou que o pai possui doença aterosclerótica do coração, que pode levar a infarto, e estenose das carótidas, condição que eleva o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Argumentos da defesa e condições de saúde
No pedido, os advogados alegam que a visita do médico cardiologista Brasil Ramos Caiado e do fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas é necessária para dar continuidade ao acompanhamento especializado da condição clínica de Bolsonaro. Eles argumentam que os quadros clínicos citados são compatíveis com a realização de fisioterapia, que focaria em exercícios para fortalecer a condição cardiovascular e reduzir fatores de risco.
Este não é o primeiro pedido relacionado à saúde do ex-presidente. Antes mesmo da decretação da prisão em regime fechado, em 25 de novembro, a defesa já havia encaminhado ao STF dois pedidos de prisão domiciliar por razões humanitárias.
Histórico médico apresentado ao STF
Em documentos anteriores, assinados pelos médicos de Bolsonaro, a defesa listou um conjunto de problemas de saúde que, segundo os advogados, exigem monitoramento contínuo e possibilidade de atendimento hospitalar imediato. O histórico inclui as sequelas da facada sofrida em 2018, episódios de pneumonia registrados em 2024, crises de soluço e um diagnóstico de câncer de pele.
Ao determinar o início do cumprimento da pena, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que todos os réus têm direito ao acompanhamento médico previsto em lei e ao contato com seus advogados. No entanto, visitas de familiares e outras pessoas dependem de autorização expressa do STF.
Próximos passos
A entrada do cardiologista e do fisioterapeuta na sede da Polícia Federal em Brasília ainda será avaliada pelo ministro Alexandre de Moraes, que tem a decisão final sobre o pedido formulado pela defesa do ex-presidente.
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