Defesa de Bolsonaro solicita ultrassom para ex-presidente preso na PF
Pedido ocorre após ministro do STF determinar perícia médica oficial para atualizar exames considerados antigos.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou, nesta quinta-feira (11), um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para autorizar a realização de um exame de ultrassonografia no ex-presidente. A informação foi confirmada pela Agência Brasil. Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília desde 25 de novembro, condenado pela ação penal da trama golpista.
O pedido dos advogados ocorre no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, a ser realizada pela própria Polícia Federal no prazo de 15 dias. A decisão do magistrado destacou que os exames apresentados anteriormente pela defesa, para embasar um pedido de prisão domiciliar para cirurgia, são considerados antigos.
Detalhes do pedido de exame
Segundo a petição, o exame de ultrassom deve ser realizado dentro das instalações da Superintendência da PF, focando nas regiões inguinais direita e esquerda do ex-presidente. Para isso, a defesa solicitou autorização para a entrada do médico Bruno Luís Barbosa Cherulli com um equipamento portátil.
“Trata-se de procedimento não invasivo, rápido, que não exige sedação ou estrutura hospitalar, podendo ser plenamente realizado in loco”, argumentou a defesa no documento. A intenção é que as imagens e laudos sejam disponibilizados imediatamente à PF para subsidiar a perícia oficial já ordenada.
Contexto da saúde de Bolsonaro
Esta não é a primeira solicitação relacionada à saúde do ex-presidente nesta semana. Na última terça-feira (9), os advogados já haviam entrado com um pedido para que Bolsonaro fosse submetido a intervenções cirúrgicas, alegando uma piora em seu estado de saúde. O novo pedido do ultrassom é apresentado como uma medida para "suprir a atualidade dos exames" e facilitar a conclusão da perícia determinada pelo STF.
A defesa reforçou que a medida não tem impacto no fluxo decisório estabelecido pelo ministro Alexandre de Moraes, servindo apenas para atualizar o quadro clínico do paciente. O ex-presidente permanece preso enquanto aguarda os desdobramentos dos trâmites judiciais e periciais relacionados ao seu estado de saúde.
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