O dólar atingiu um novo recorde nesta terça-feira (17), superando a marca de R$ 6,20. O Banco Central realizou mais um leilão de venda de dólares, no valor de US$ 1,272 bilhão, mas mesmo com essas medidas, a moeda americana continuou sua escalada, alcançando a cotação de R$ 6,2008 ao meio-dia. Este movimento do BC busca conter a alta da moeda, que se intensificou após a divulgação de um pacote de cortes de gastos do governo, considerado insuficiente pelo mercado financeiro.
Desde o anúncio das medidas, o dólar subiu expressivamente, saindo de R$ 5,80 e alcançando os atuais R$ 6,20. O Banco Central já injetou mais de US$ 10 bilhões no mercado de câmbio em apenas alguns dias, destacando a gravidade da situação. Essa é a sequência mais intensa de intervenções desde 2021, em um cenário que se revela complexo para a economia brasileira.
A incerteza fiscal e a possibilidade de que as propostas de contenção de gastos do governo possam ser diluídas no Congresso alimentam a busca por proteção cambial. Com o recesso parlamentar se aproximando, a urgência pela aprovação das medidas se intensifica, enquanto o crescimento das expectativas de inflação e o aumento da dívida pública geram maior desconfiança entre investidores sobre o futuro da política econômica.
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