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Empreendedores amazônicos lideram bioeconomia na COP30 com produtos sustentáveis
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Empreendedores amazônicos lideram bioeconomia na COP30 com produtos sustentáveis

Pequenos negócios transformam biodiversidade em soluções climáticas rentáveis enquanto aguardam financiamento

Redação
Redação

20 de novembro de 2025 ·

Micro e pequenos empreendedores do Pará e de outros estados da Amazônia estão protagonizando um movimento crucial de bioeconomia durante a COP30, demonstrando na prática como a natureza pode estar no centro das soluções climáticas. O evento acontece em meio aos debates finais sobre financiamento climático, com centenas de negócios sustentáveis mostrando que a conservação é um modelo rentável e inclusivo.

Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae no Pará, afirma que o estado é um dos líderes desse movimento. "O Pará é um dos líderes desse movimento. Aqui, centenas de pequenos negócios baseados na biodiversidade estão dando uma demonstração prática de como a natureza precisa estar no centro das soluções climáticas", destaca Magno.

Negócios que transformam realidades

O Sebrae criou a En-zone paralelamente à COP30, reunindo negócios que representam cadeias produtivas que vão da cosmética sustentável ao alimento funcional da floresta. Entre os empreendedores participantes está Cleide Ornela, que atua há dois anos na moda circular com a plataforma Combinô, dedicada à venda e aluguel de roupas, e na bioeconomia com a TexBi.

A TexBi é uma empresa de logística reversa têxtil que transforma resíduos em biomassa para aplicações decorativas e de design funcionais, exemplificando os princípios da economia circular aplicados à realidade amazônica.

Cosméticos com ativos da floresta

Syane Melo, proprietária da Pink Limão Cosmetics, destaca a importância de levar produtos com ativos amazônicos para o mercado internacional. "É uma grande oportunidade levar linhas como a de açaí, com sabonete, esfoliante e óleo de banho corporal, e a de castanha do Pará, com manteiga de cupuaçu, óleo bifásico e creme de banho, que são diferenciais no mercado", afirma Syane.

Seu sócio Silvio Calsolari complementa: "Buscamos matérias-primas com laudos, rastreabilidade e praticando um bom comércio, onde todos ganham: quem extrai, o empreendedor, o consumidor e o meio ambiente. Nosso esfoliante, por exemplo, não utiliza mais microesferas plásticas, mas microesferas do caroço do açaí."

Modelo que une conservação e desenvolvimento

Para Rubens Magno, os empreendedores amazônicos provam com seus produtos que a conservação é, de fato, um modelo de negócios rentável e inclusivo. "O desenvolvimento da bioeconomia está transformando os micro e pequenos negócios em guardiões da floresta, pois dependem de suas riquezas para prosperar", explica.

Magno ressalta que agora a COP30 precisa garantir que o mundo crie as condições necessárias para o fomento à nova sociobioeconomia da Amazônia como estratégia climática, unindo o potencial da biodiversidade com o empreendedorismo local.

O evento evidencia como pequenos negócios podem ser protagonistas da sustentabilidade, colocando a Amazônia como referência global em soluções climáticas que combinam conservação ambiental, inovação e desenvolvimento econômico.

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