Enfermeira morre após médicos confundirem emergência cardíaca com gases
Diagnóstico errado levou à morte por dissecção da aorta três dias após alta hospitalar
Paula Ivers, enfermeira de 47 anos, morreu após receber diagnóstico incorreto de excesso de gases quando deu entrada no Hospital Tameside, em Manchester, Reino Unido, com fortes dores torácicas. O caso ocorreu em março de 2024 e voltou à tona após a família processar o Serviço Nacional de Saúde britânico por negligência.
Segundo Simon Norbury, companheiro de Ivers, a enfermeira classificou as dores como "piores do que as do parto" durante a internação. A equipe médica diagnosticou refluxo gástrico e liberou Paula, mesmo ela tendo informado o histórico familiar de morte por parada cardiorrespiratória do pai aos 40 anos.
Morte e descoberta da verdade
Três dias após receber alta, Paula foi encontrada inconsciente em seu quarto pela filha de 9 anos. Ela foi declarada morta no hospital e o exame necroscópico posterior revelou que a causa da morte foi dissecção da aorta torácica - emergência médica caracterizada pelo rompimento da camada interna da principal artéria do corpo.
Lesley Ivers, irmã de Paula, afirmou ao Manchester Evening News: "É uma ironia cruel que ela fosse defensora do NHS e, ainda assim, quando mais precisou, foi negligenciada da pior maneira possível".
Investigação e consequências
O caso está sendo investigado pela Justiça britânica, que já determinou a criação de novos protocolos hospitalares para evitar que situações similares se repitam. Autoridades reconheceram falhas no atendimento que custaram a vida da enfermeira.
A dissecção da aorta, conforme a Mayo Clinic, costuma ser fatal por causar hemorragias internas massivas. O caso de Paula Ivers expõe fragilidades nos sistemas de triagem de emergências cardíacas mesmo em pacientes com sintomas clássicos.
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