Na última quinta-feira (8), o cardeal norte-americano Robert Prevost foi eleito como o novo papa, assumindo o nome de Leão XIV. Com essa escolha, ele se torna o bispo de Roma e é reconhecido, segundo a tradição católica, como o sucessor do apóstolo Pedro. A eleição, que ocorreu durante um conclave sob sigilo, exigiu dois terços dos votos dos 133 cardeais eleitores, seguindo o rito da Igreja Católica.
A noção de que o papa é o sucessor de Pedro é central para a doutrina católica sobre o papado. Pedro é considerado o primeiro líder da Igreja em Roma, e a crença de que ele recebeu a missão de guiar a comunidade cristã é fundamentada na passagem do Evangelho de Mateus (16,18-19). Nela, Jesus nomeia Pedro como a pedra sobre a qual edificará sua Igreja, conferindo a ele as chaves do Reino dos Céus.
Segundo o professor de Teologia Histórica da PUC-SP, José Carlos Pereira, o título de sucessor de Pedro implica a continuidade da liderança espiritual que ele exerceu. O bispo de Roma, nesta função, é considerado o chefe visível da Igreja Católica, sendo responsável por manter a unidade da fé, preservar a doutrina e orientar os católicos. A Igreja reconhece oficialmente 266 papas até a recente eleição de Leão XIV, e a sucessão apostólica é vista como fundamental para garantir a continuidade histórica e espiritual da Igreja.
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