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Freiras austríacas desafiam Vaticano e mantêm redes sociais após fuga de asilo
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Freiras austríacas desafiam Vaticano e mantêm redes sociais após fuga de asilo

Trio acumula mais de 240 mil seguidores compartilhando rotina monástica, apesar de ordem para se desconectar.

Redação
Redação

3 de dezembro de 2025 ·

Três freiras católicas que fugiram de um lar de idosos para retornar ao seu mosteiro na Áustria estão desafiando uma ordem da Igreja para abandonarem as redes sociais. As irmãs Rita, Bernadette e Regina, do Mosteiro de Goldenstein, acumularam uma comunidade de mais de 240 mil seguidores compartilhando o cotidiano religioso, um sucesso que levou o caso a ser analisado pelo Vaticano.

O conflito começou em setembro, quando as religiosas deixaram um asilo contra a determinação da Igreja Católica e voltaram a viver no mosteiro. Desde então, passaram a documentar a vida no local através de plataformas digitais, gerando ampla repercussão. A exposição, no entanto, não foi bem recebida pelas autoridades eclesiásticas.

Resposta das freiras à proibição

Questionada sobre a pressão para deixar as redes, a Irmã Rita demonstrou tranquilidade. "Estou bem tranquila quanto a isso. Por quê? Eles não podem calar a nossa boca, dizendo assim, do meu jeito", afirmou. Em uma ação de retaliação, o trio enviou uma carta direta ao Vaticano solicitando a demissão do diretor do Mosteiro de Goldenstein.

A Irmã Bernadette expressou confiança de que sua causa tem apoio no mais alto nível da Igreja. "Nós já nos sacrificamos o suficiente nesta vida. Acho que o papa está do nosso lado", disse ela, reforçando a determinação do grupo em manter seus perfis online.

Contexto do conflito e próximos passos

A condição para que as freiras pudessem permanecer no mosteiro era justamente o abandono das plataformas digitais, uma regra imposta pelo superior religioso. A recusa em cumprir a ordem transformou um caso interno em um debate público sobre a vida monástica na era digital, atraindo a atenção de fiéis e da mídia internacional.

Com o caso agora nas mãos das autoridades do Vaticano, aguarda-se uma decisão formal que poderá definir o futuro das freiras no mosteiro e a continuidade de suas atividades online. A situação ilustra um choque entre tradições seculares e modernidade, com um grupo religioso usando as ferramentas contemporâneas para compartilhar sua vocação.

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