A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre o assassinato de Yara Karolaine, uma menina de 10 anos, que ocorreu no Vale do Rio Doce. O principal suspeito, um homem de 56 anos, confessou ser o responsável pelo crime e foi indiciado após a sua declaração. Durante um interrogatório, o homem alegou que estava "tomado pelo capeta" quando agrediu a criança, deixando os investigadores perplexos com a gravidade do relato.
No dia 4 de março, enquanto trabalhava como motorista no setor público, o indiciado abordou Yara, prometendo-lhe dinheiro e comida em sua residência. No entanto, quando a criança recusou participar das intenções do homem, ele decidiu asfixiá-la, temendo que ela contasse à sua mãe. "Tentei convencê-la, mas ela não aceitou. O 'capetão' subiu e eu apertei a guela dela", foi a declaração perturbadora do acusado, que chocou a todos durante a coletiva de imprensa.
O corpo de Yara foi encontrado em 8 de março, próximo a uma cachoeira, e os exames iniciais apontaram que a causa da morte foi politraumatismo na região do pescoço. A investigação revelou também a presença de álcool no organismo da criança e indicou possíveis indícios de crimes sexuais, embora esses não tenham sido confirmados. A delegada Junia Nara Rodrigues Rocha Sobral, que conduz o caso, listou os crimes pelos quais o suspeito foi indiciado, incluindo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Atualmente, a Polícia Civil solicitou a conversão da prisão temporária do homem para prisão preventiva, com o objetivo de assegurar a continuidade das investigações. Além disso, uma nova linha de apuração foi aberta para investigar a possível omissão da mãe de Yara em relação ao que levou ao trágico desfecho.