As Forças de Defesa de Israel (IDF) impedirão a atracação do navio Madleen, que transporta a ativista climática Greta Thunberg e outros militantes de direitos humanos, na Faixa de Gaza. A decisão foi confirmada pela emissora estatal KAN News após o governo israelense reconsiderar uma autorização inicial que considerava a embarcação inofensiva.
A "Flotilha da Liberdade" partiu da Sicília no último domingo (1º) com suprimentos para palestinos e conta com a presença do brasileiro Thiago Ávila. A previsão é que o grupo chegue ao litoral de Gaza neste sábado (7), conforme monitoramento disponível no site da organização.
Preparação para interceptação
O The Jerusalem Post revela que as IDF estão mobilizando forças de segurança, embora ainda não tenham definido o protocolo de ação. Fontes militares indicam que os ativistas receberão avisos para não ingressarem na área restrita. Em caso de desobediência, a Marinha israelense pode assumir o controle do navio e deportar os tripulantes pelo porto de Ashdod.
Histórico de confrontos
Esta é a sétima tentativa significativa em 20 anos de romper o bloqueio israelense a Gaza. O episódio mais grave ocorreu em 2010 com o navio Mavi Marmara, quando dez civis turcos morreram em confrontos com tropas israelenses. O incidente gerou crise diplomática entre Israel e Turquia.
O atual protesto ocorre em meio ao conflito na região, onde Israel mantém controle sobre o acesso marítimo desde 2007, após a tomada do poder pelo Hamas na Faixa de Gaza.