Malha rodoviária concedida no Brasil ultrapassa 30 mil quilômetros de extensão
Sistema sob gestão privada abrange corredores estratégicos para logística, turismo e agronegócio em todas as regiões.
A malha rodoviária concedida no Brasil, sob gestão da iniciativa privada, supera os 30 mil quilômetros de extensão, distribuídos entre concessões federais e estaduais. A estrutura conecta centros urbanos, polos industriais, corredores turísticos e áreas de produção agrícola em todas as regiões do país, consolidando o maior sistema rodoviário sob administração privada da América Latina.
Os trechos concedidos são fundamentais para a logística nacional, com rodovias que funcionam como espinha dorsal do transporte de cargas e de passageiros. A expansão e modernização desta malha são consideradas prioritárias diante do crescimento da frota veicular e da interiorização das atividades econômicas.
Concessões federais: os principais corredores nacionais
Sob responsabilidade da União, a malha federal concedida soma mais de 15 mil quilômetros. Entre os trechos mais extensos e movimentados estão rodovias que são eixos estratégicos para a economia brasileira.
A BR-101, o maior eixo litorâneo do país, possui concessões em múltiplos estados, incluindo Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já a BR-116, a maior rodovia federal brasileira, tem pontos concedidos em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, abrangendo a Via Dutra e a Régis Bittencourt.
Outros corredores de destaque são a BR-163, rota fundamental para o escoamento do agronegócio do Centro-Oeste; a BR-381 (Fernão Dias), principal ligação entre São Paulo e Belo Horizonte; e a BR-153, que faz a ligação estratégica entre Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
Redes estaduais: São Paulo lidera com maior malha concedida
Além da estrutura federal, a malha estadual concedida também ultrapassa 15 mil quilômetros. O estado de São Paulo opera a maior rede concedida do Brasil, com mais de 11 mil km sob gestão privada, incluindo sistemas como Anchieta–Imigrantes, Castello Branco–Raposo Tavares, Anhanguera–Bandeirantes e Dom Pedro I.
No Paraná, um novo programa de concessões, em substituição ao Anel de Integração, está em fase de implantação e abrange mais de 3,3 mil km, distribuídos entre BR-277, BR-376, BR-373 e diversos trechos estaduais. Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul também mantêm extensas redes concedidas, essenciais para o fluxo regional e o escoamento da produção agrícola.
Investimentos e próximos passos
Os contratos de concessão, tanto federais quanto estaduais, preveem investimentos em duplicações, faixas adicionais, contornos, obras de segurança e implantação de sistemas inteligentes de monitoramento. Em rodovias como a Dutra, o novo ciclo já inclui soluções como iluminação LED integral e túneis modernizados.
Técnicos do setor apontam que os próximos ciclos de concessão devem priorizar a integração com portos, ferrovias e plataformas logísticas, além da ampliação da capacidade das pistas e da redução de acidentes. A tendência é que o país continue ampliando as concessões para garantir fluidez, segurança e regularidade operacional na malha rodoviária.
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