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Operação combate fraude de R$ 26 bi em esquema de combustíveis
Boletim Diário

Operação combate fraude de R$ 26 bi em esquema de combustíveis

Grupo Refit é apontado como maior devedor de ICMS de São Paulo em organização criminosa

Redação
Redação

27 de novembro de 2025 ·

O Grupo Refit, controlador da Refinaria de Manguinhos no Rio de Janeiro, é alvo da Operação Poço de Lobato desencadeada nesta quinta-feira (27) contra um esquema de fraude fiscal que causou prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres públicos. A ação investiga crimes contra a ordem tributária e econômica, além de lavagem de dinheiro.

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e Bahia. O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de São Paulo (CIRA/SP) coordena a operação, que tem 190 alvos entre pessoas físicas e jurídicas.

Esquema sofisticado de ocultação

Segundo as investigações, a organização criminosa utilizava holdings, offshores e fundos de investimento para dificultar o rastreio dos verdadeiros beneficiários. "Eram gerados diversos expedientes fraudulentos, falsificações e camadas societárias e financeiras", explicou o CIRA/SP em nota.

O empresário Ricardo Magro, dono da Refinaria de Manguinhos, está no comando do grupo investigado. O Refit é apontado pelo Ministério Público de São Paulo como a maior devedora de ICMS do estado paulista.

Conexão com operação anterior

A Operação Poço de Lobato segue o modelo da "Operação Carbono Oculto", deflagrada em agosto de 2025, que mostrou a ligação do PCC (Primeiro Comando da Capital) com o sistema de produção e distribuição de combustíveis. As investigações identificaram relações financeiras entre o grupo alvo e empresas ligadas à operação anterior.

O esquema garantia o funcionamento das fraudes e a expansão do grupo empresarial em diferentes setores da cadeia de combustíveis, conforme detalhou o comitê responsável pela operação.

Coordenação interinstitucional

Além do CIRA/SP - formado por MP-SP, Sefaz-SP e PGE-SP - participam da ação a Receita Federal, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo e as polícias Civil e Militar. A operação visa desarticular uma das maiores organizações criminosas atuantes no setor de combustíveis do país.

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