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Papa Leão XIV lança campanha global por doações para cobrir déficit do Vaticano
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Papa Leão XIV lança campanha global por doações para cobrir déficit do Vaticano

Vídeo emocional e QR codes modernizam arrecadação do "Pence de Pedro", que enfrenta escândalos e rombo de €1 bilhão.

Redação
Redação

29 de junho de 2025 ·

O Papa Leão XIV iniciou neste domingo (29) uma campanha internacional para arrecadar doações dos fiéis católicos, durante a tradicional festa de São Pedro e Paulo. A ação visa sustentar as operações do Vaticano, que enfrenta um déficit estrutural de €50-60 milhões em 2024 e um rombo de €1 bilhão no fundo de pensões.

Modernização na arrecadação

O Vaticano adotou novas estratégias digitais, incluindo um vídeo promocional com imagens dos primeiros momentos do pontificado de Leão XIV, QR codes e um site para doações via cartão de crédito, PayPal ou transferência bancária. "Apoie os passos do Papa Leão XIV", diz a mensagem multilíngue que acompanha o material.

Durante o Angelus na Basílica de São Pedro, o pontífice agradeceu aos doadores: "De coração, agradeço àqueles que, com suas doações, estão apoiando meus primeiros passos como sucessor de São Pedro". Ele destacou que o fundo é "sinal de comunhão" com seu ministério.

Crise financeira histórica

O "Pence de Pedro", principal fonte de receita da Santa Sé, sofreu quedas consecutivas após escândalos de má gestão, incluindo o polêmico investimento em imóveis em Londres. As doações caíram para €43,5 milhões em 2022, com recuperação gradual para €54,3 milhões em 2024 - ainda insuficiente para cobrir despesas de €75,4 milhões.

Dados revelam que 25% das contribuições vêm de católicos americanos. Diferentemente de Estados nacionais, o Vaticano não emite títulos nem cobra impostos, dependendo de doações, museus e vendas de souvenirs para se manter.

Novos controles sob matemático americano

Autoridades esperam que a liderança de Leão XIV - primeiro papa norte-americano e ex-professor de matemática - restaure a confiança dos doadores. O pontífice implementou novos mecanismos de transparência após os escândalos da era Francisco, quando fundos foram usados para cobrir déficits em vez de caridade.

A campanha ocorre enquanto o Vaticano negocia com credores sobre o fundo de pensões. O Papa Francisco havia alertado, antes de morrer, sobre a impossibilidade de cumprir obrigações a médio prazo sem reformas profundas.

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