O Parlamento de Israel rejeitou nesta quarta-feira (11) um projeto de lei que buscava dissolver a Casa e convocar novas eleições. A votação terminou com 61 contrários e 53 favoráveis, preservando a coalizão governista do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Ultraortodoxos garantem vitória do governo
A derrota da proposta ocorreu após a maioria dos parlamentares ultraortodoxos – base de apoio de Netanyahu – decidirem não apoiar a medida. Apenas dois membros da facção Agudat Israel votaram a favor da dissolução, enquanto um se opôs.
O projeto representava o maior desafio parlamentar ao governo desde o início da guerra contra o Hamas, em outubro de 2023. A crise interna foi agravada por tensões entre Netanyahu e os partidos Shas e Judaísmo Unido da Torá (JUT), que chegaram a ameaçar apoiar a oposição.
Conflito sobre alistamento militar
A disputa central envolve uma proposta do Likud, partido de Netanyahu, para obrigar o alistamento de cidadãos ultraortodoxos – rompendo com uma isenção tradicional. Na véspera da votação, rabinos haredi emitiram um decreto religioso reafirmando sua oposição ao serviço militar obrigatório.
Com a rejeição, a oposição não poderá apresentar nova moção para dissolução do Parlamento nos próximos seis meses. A decisão traz alívio temporário a Netanyahu, embora sua base permaneça fragilizada pelas divisões internas.