Pastor é condenado a 95 anos por abusar de fiéis durante cultos em Goiás
Wanderlei Antonio de Oliveira se passava por "pai espiritual" para cometer crimes sexuais contra 14 vítimas
A Justiça de Anápolis (GO) condenou o pastor Wanderlei Antonio de Oliveira a mais de 95 anos de prisão por crimes sexuais cometidos contra fiéis durante cultos e atendimentos espirituais. A sentença foi proferida na última terça-feira (25) e inclui delitos como violação sexual mediante fraude, estupro de vulnerável e divulgação de material íntimo.
Segundo investigações da Polícia Civil de Goiás (PCGO), os abusos começaram em 2013 e se estenderam por uma década. O pastor e sua esposa, que tinha conhecimento das agressões, foram presos em outubro de 2023 após denúncias de 14 vítimas.
Método de abordagem das vítimas
As investigações revelaram que Wanderlei Antonio de Oliveira se apresentava como "pai espiritual" para pessoas que buscavam ajuda por problemas emocionais e outras enfermidades. Uma das vítimas relatou que o pastor chegava a "incorporar anjos" como justificativa para os abusos sexuais.
As primeiras denúncias foram registradas no início de outubro de 2023, quando as vítimas procuraram a polícia para relatar os crimes. Os depoimentos mostraram padrão similar de abordagem, com o pastor se valendo da posição religiosa para praticar os delitos.
Condenação e próximos passos
A Justiça de Anápolis entendeu que houve aproveitamento da condição religiosa para a prática dos crimes sexuais. A pena de mais de 95 anos deve ser cumprida em regime fechado, conforme decisão judicial.
A defesa do pastor pode recorrer da decisão, já que a sentença é passível de recursos. A esposa de Wanderlei, que também foi presa, aguarda julgamento separado por conhecimento prévio dos crimes.
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