A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou um pastor por homotransfobia após ele citar a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) em um discurso considerado ofensivo à comunidade LGBTQIAP+. O caso ocorreu durante um sermão em igreja no DF e foi registrado nesta semana.
Discurso com citação polêmica
Segundo a investigação, o religioso fez referência à parlamentar de forma pejorativa durante sua pregação, em um contexto considerado de incitação ao ódio. Erika Hilton, primeira deputada federal transexual eleita no Brasil, é conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos e da população LGBTQIAP+.
Procedimentos policiais
O inquérito foi instaurado após denúncia recebida pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI). A PCDF coletou provas documentais e testemunhais antes de formalizar a acusação contra o pastor.
A legislação brasileira prevê pena de um a três anos de prisão, além de multa, para crimes de homotransfobia. Desde 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) equipara esses delitos aos crimes de racismo.
Contexto político
Erika Hilton tem sido alvo frequente de ataques por sua identidade de gênero e posicionamento político. Em 2023, a deputada relatou ter recebido mais de 500 ameaças de morte, sendo a parlamentar mais ameaçada do Congresso Nacional.
Casos de intolerância contra a população LGBTQIAP+ aumentaram 33% no Brasil em 2024, segundo dados do Disque 100. O Distrito Federal aparece entre as unidades da federação com maior número de registros.
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