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Pecuarista é condenado a 14 anos por ataque a tiros em unidade de saúde
Boletim Diário

Pecuarista é condenado a 14 anos por ataque a tiros em unidade de saúde

Homem atirou mais de 15 vezes contra médico e funcionária por ciúmes de atendimento à companheira

Redação
Redação

15 de novembro de 2025 ·

O pecuarista Lincoln Abrunhoza de Rezende Souza, de 67 anos, foi condenado a 14 anos, 10 meses e 20 dias de prisão por tentativa de homicídio contra um médico e lesão corporal grave contra uma técnica de enfermagem. O crime ocorreu em 24 de novembro de 2021 na Unidade Básica de Saúde de Santa Maria do Tocantins, motivado por ciúmes do atendimento médico que sua companheira recebeu.

O Tribunal do Júri da Comarca de Pedro Afonso reconheceu as qualificadoras de motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu permanecerá em regime fechado inicialmente e terá as armas apreendidas para destruição pelo Exército Brasileiro.

Sequência de violência dentro da UBS

Lincoln chegou à unidade de saúde anunciando que queria ser atendido pelo médico, mas não apresentou documentos e deixou o local. Ele permaneceu em um carro nas proximidades e, ao avistar o médico saindo, efetuou mais de 15 disparos com arma de fogo.

O médico conseguiu correr para dentro da unidade para se esconder. Como não encontrou o alvo principal, o pecuarista passou a atirar dentro do prédio público, onde havia crianças presentes, gerando grave risco coletivo segundo a decisão judicial.

Técnica de enfermagem é baleada na mão

A técnica de enfermagem tentou se esconder em uma sala, mas foi vista por Lincoln, que arrombou a porta e efetuou disparos. Ela foi atingida por um tiro na mão, mas conseguiu fugir do local e pedir ajuda.

Na fuga, o pecuarista ainda atirou contra outra mulher em estabelecimento comercial no centro da cidade, mas não a atingiu. Ele também foi acusado de desacatar policiais militares no mesmo dia, mas foi absolvido desse crime específico.

Condenação e próximos passos

O juiz Milton Lamenha de Siqueira, que presidiu o julgamento na quinta-feira (13), negou o direito do réu recorrer em liberdade e determinou o pagamento de R$ 10 mil por danos morais para cada uma das duas vítimas.

O advogado de defesa Paulo Roberto da Silva informou que está analisando a possibilidade de apresentar recurso e destacou que seu cliente já está preso há quatro anos. A decisão ainda pode ser contestada perante o Tribunal de Justiça do Tocantins.

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