Na semana que antecedeu a deflagração da Operação Overclean, a Polícia Federal (PF) apreendeu a quantia de R$ 1.538.700,00 em posse de suspeitos de desvio de recursos públicos. De acordo com as investigações, esse montante é considerado propina destinada ao pagamento de vantagens ilícitas em Brasília. Os envolvidos fariam parte de uma organização criminosa que já movimentou aproximadamente R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos com órgãos públicos apenas em 2024. A Receita Federal revelou que o esquema estruturado permitia o direcionamento de dinheiro de emendas parlamentares para empresas e indivíduos ligados a diversas administrações municipais.
A operação, realizada no último dia 10, resultou na prisão de 17 suspeitos em diferentes estados do Brasil, entre eles figuram empresários e ex-servidores públicos. Alex Rezende Parente e Lucas Maciel Lobão Vieira foram identificados como líderes do grupo, que utilizava aeronaves para o transporte de valores. Enquanto Alex alegou que os recursos se originavam de vendas de equipamentos, Lucas negou reconhecer a existência do dinheiro. Além da quantia em espécie, a PF apreendeu documentos que revelam uma rede complexa de contratos fraudulentos que se estendiam a vários estados.
A investigação da PF indica que a organização criminosa atua de forma sistemática e coordenada desde 2021. Os criminosos teriam realizado fraudes em licitações e superfaturamento de obras, o que caracteriza sérias infrações, como corrupção ativa e passiva. O Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União também participam do caso, que já resultou em movimentações legais contra os envolvidos. As prefeituras de diversas cidades afetadas, embora não tenham sido formalmente notificadas, se mostraram dispostas a colaborar com as investigações.
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