Um esquema internacional de tráfico de drogas foi desarticulado no Tocantins após a apreensão de 556 kg de cocaína escondidos em um caminhão de melancias em abril de 2025. Segundo a Polícia Federal, esta é a maior apreensão da droga no estado nos últimos 15 anos.
Organização criminosa com ramificações internacionais
O inquérito da PF identificou que os investigados faziam parte de uma facção criminosa com atuação em São Paulo, Goiás e Tocantins. A droga, segundo laudos periciais, tinha origem boliviana, colombiana ou peruana, chegando ao Brasil por via aérea em pistas clandestinas.
Raimundo Alves Lima, conhecido como "Pedão", foi apontado como chefe regional do esquema. Seu filho, Jackson Costa de Miranda, também estava envolvido. Ambos foram denunciados por tráfico internacional de drogas e organização criminosa.
Modus operandi sofisticado
A droga era armazenada em Porto Nacional e depois distribuída para outros estados. O grupo utilizava:
• 3 casas e 1 imóvel rural como bases operacionais
• Pistas clandestinas para recebimento da droga
• Armamento pesado, incluindo carabinas com numeração raspada
Cinco cadernos com registros financeiros detalhados foram apreendidos, contendo valores pagos e a receber, quantidades em quilogramas e nomes de envolvidos.
Conexão com outras apreensões
A investigação ligou o caso a outros dois grandes carregamentos:
• Fevereiro 2025: 470 kg de cocaína e 800g de haxixe em Marianópolis do TO
• Maio 2024: 470 kg de cocaína em Pindorama do TO
Os laudos apontaram que todas as apreensões tinham a mesma forma de embalagem - sacos plásticos verdes/transparentes com fitas adesivas estrangeiras.
Próximos passos
Nove suspeitos já foram denunciados à Justiça. O Ministério Público afirmou que buscará "a desarticulação e descapitalização de toda a organização". A defesa de Raimundo e Jackson declarou confiar na absolvição dos clientes.
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