A Polícia Militar de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (5) Luma Valéria Rovagnollo, 32 anos, apontada como líder da ala feminina do Primeiro Comando da Capital (PCC) na capital paulista. A prisão ocorreu em um apartamento na Vila Formosa, zona leste da cidade, durante ação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
Penélope, como era conhecida no crime, estava foragida desde 2020, quando foi alvo da Operação Kleptos em Ribeirão Preto. Ela era responsável pela "sintonia" feminina da facção, mecanismo de comunicação entre as integrantes do grupo criminoso.
Mandados de prisão e acusações
Contra Luma pesavam dois mandados de prisão: um por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e outro por posse de arma de uso restrito, com base nos artigos 14 e 16 do Estatuto do Desarmamento. As penas somadas podem chegar a oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado.
A investigação apontou ainda que a detenta respondia por organização criminosa, conforme a Lei 12.850/13. Após a prisão, ela foi encaminhada ao 69º Distrito Policial, no Jardim Teotônio Vilela, onde permanece à disposição da Justiça.
Contexto da operação
A prisão marca o desfecho de uma busca que durou quatro anos, desde a Operação Kleptos, que desarticulou parte da estrutura logística do PCC no interior paulista. Na época, Penélope já era considerada peça-chave na coordenação das atividades criminosas entre as mulheres da facção.
O caso ganhou notoriedade por se tratar de uma das poucas mulheres a ocupar posição de liderança dentro da maior organização criminosa do país. Especialistas em segurança apontam que a atuação feminina no PCC vem crescendo nos últimos anos, especialmente em funções logísticas e de comunicação.
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