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Prisão de Bolsonaro gera reações de aliados e familiares
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Prisão de Bolsonaro gera reações de aliados e familiares

Deputado Eduardo Bolsonaro defende anistia enquanto governadores criticam decisão judicial

Redação
Redação

22 de novembro de 2025 ·

A Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) na manhã deste sábado (22), em Brasília (DF), por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Familiares e aliados políticos reagiram imediatamente à decisão, manifestando apoio ao ex-presidente e criticando a medida judicial.

O ex-presidente, de 70 anos, já cumpria prisão domiciliar desde agosto deste ano. A prisão preventiva ocorreu enquanto o Congresso Nacional estava desmobilizado por ser final de semana.

Família defende anistia

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) publicou um vídeo nas redes sociais defendendo que as ações pela soltura do pai devem começar pela pauta da anistia. "É chegado o momento de colocar a energia máxima e não permitir mais que o Brasil seja o quintal de ditadores", declarou o parlamentar.

Eduardo Bolsonaro afirmou que a prisão foi uma manobra para desanimar apoiadores: "O nosso adversário quer que estejamos desesperados. Ele intencionalmente espera que a reação a isso seja um desânimo e aquele sentimento de 'já acabou'. Não acabou".

Governadores criticam decisão

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou a prisão como irresponsável em publicação nas redes sociais. "Tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde e ignorando todos os apelos provenientes das mais diversas fontes, todos os laudos médicos e evidências, além de irresponsável, atenta contra o princípio da dignidade humana", afirmou.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), definiu a medida como revanchismo político. "Um ex-presidente de 70 anos, já isolado e vigiado 24h por dia, não representa risco algum à sociedade. Isso não é justiça. É revanchismo político", declarou Zema.

Senador fala em violação constitucional

O senador Rogério Marinho (PL) afirmou que a prisão ultrapassa os limites constitucionais e ameaça pilares essenciais do Estado de Direito. Em nota, o senador declarou que a medida "tem caráter nitidamente punitivo, antecedendo pena sem demonstração concreta de ato típico, ilícito ou doloso".

Marinho também criticou o timing da decisão: "Prender preventivamente quem já cumpre domiciliar e está debilitado é um abuso que viola a lógica jurídica. Fazer isso num sábado, com o Congresso desmobilizado, revela um viés político claro".

Contexto da prisão

Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde agosto de 2024. A prisão preventiva ocorre em meio a diversos processos judiciais contra o ex-presidente. A decisão deste sábado foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os aliados afirmaram que continuarão lutando pela liberdade do ex-presidente e prometem recorrer da decisão judicial através de todos os mecanismos legais disponíveis.

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