Professores do DF mantêm greve após rejeitar proposta do governo e fecham via pública

Categoria decidiu continuar paralisação em assembleia e protesto terminou com uso de spray de pimenta pela PM


Professores da rede pública do Distrito Federal decidiram manter a greve em assembleia realizada nesta segunda-feira (16), rejeitando a proposta do Governo do Distrito Federal (GDF). Centenas de profissionais fecharam uma via em frente à sede da Secretaria de Educação, localizada no Shopping ID, e a Polícia Militar usou spray de pimenta para conter manifestantes que tentavam entrar no prédio.

Pressão judicial e corte de ponto

Apesar da decisão do Tribunal de Justiça do DF (TJDF) que autorizou o corte de ponto dos grevistas, a categoria manteve a paralisação iniciada em 2 de junho. O Sinpro-DF recorre judicialmente contra multas que chegaram a R$ 1 milhão por dia, posteriormente reduzidas para R$ 300 mil após decisão do STF.

Reivindicações da categoria

Entre as principais demandas estão reajuste salarial de 19,8%, reestruturação da carreira, nomeação de aprovados em concurso e correção de informações enviadas ao INSS sobre professores temporários. A mobilização tem recebido apoio de entidades civis e sindicais, sendo considerada histórica pela diretoria do Sinpro-DF.

Fala das lideranças

Márcia Gilda, diretora do Sinpro-DF, afirmou que o movimento busca chamar atenção para uma pauta "legítima". Já o governador Ibaneis Rocha classificou a greve como política e afirmou que não haverá reajuste para o funcionalismo em 2025. A próxima assembleia está marcada para 24 de junho.