Quinto policial morre após megaoperação que deixou 122 mortos no Rio
Agente da Polícia Civil não resistiu aos ferimentos após 20 dias internado em hospital da capital
Morreu na madrugada deste sábado (22) o policial civil Rodrigo Vasconcellos Nascimento, quinto agente a falecer em decorrência da megaoperação realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e Alemão, no Rio de Janeiro. O agente estava lotado na 39ª DP (Pavuna) e permanecia internado há 20 dias no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, na Zona Sul da cidade.
A operação policial, batizada de "Operação Contenção", resultou em 122 mortos no total, incluindo os cinco policiais. Entre os feridos está o delegado assistente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) Bernardo Leal Anne Dias, que continua internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca.
Reações institucionais
Em nota oficial, a Polícia Civil do Rio de Janeiro lamentou o falecimento e destacou o trabalho de Nascimento. "Mais uma vez, sentimos a dor de perder um dos nossos em decorrência da violência praticada por terroristas que afrontam o Estado e colocam a população em risco. Rodrigo honrou a nossa instituição. Sua coragem e comprometimento permanecem como exemplo", afirmou a corporação.
O governador Cláudio Castro (PL) também se manifestou nas redes sociais: "Rodrigo, que era lotado na Delegacia da Pavuna, honrou a Polícia Civil e o nosso estado com sua coragem, dedicação e compromisso inabalável com a missão de proteger a população fluminense. Seu nome ficará marcado na nossa história como exemplo de bravura e amor ao dever".
Relato de colega presente no confronto
O comissário da Polícia Civil Ricardo Sá, que estava com a vítima no momento do confronto, revelou detalhes sobre a ação. "Na operação do dia 28, eu estava em um grupo com ele. E naquela imagem que circula, onde dois policiais são baleados e arrastados, um é o Rodrigo. Lutou bravamente para sobreviver", afirmou Sá em suas redes sociais.
Outras vítimas fatais
Os outros quatro agentes mortos na mesma operação foram identificados como Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope; Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope; Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, comissário da 53ª DP (Mesquita); e Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, também da 39ª DP (Pavuna).
Com a morte de Nascimento, o número total de óbitos na megaoperação de 28 de outubro chega a 122, consolidando-a como uma das ações policiais mais letais da história recente do estado do Rio de Janeiro.
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